Alianças
A Aliança
Edênica. Gn 2.16,17. Por essa aliança Deus concedeu ao homem plena
inteligência, intuição e capacidade administrativa pelas quais regeria toda a
criação na qualidade de responsável perante Deus.
Certas obrigações foram impostas ao homem,
como sejam;
1)
ocupar a terra;
2)
comer somente ervas e frutas;
3)
guardar o jardim do Éden;
4)
abster-se de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Era necessária
essa proibição única, uma vez que o homem tinha livre arbítrio. A escolha seria
o meio de provar essa liberdade. Sua foi a opção de obedecer ou desobedecer a
Deus. Contudo Adão foi muito bem advertido sobre as conseqüências más, caso
desobedecesse... “no dia em que dela comeres, certamente morrerás’’. Gn 2.17.
A Aliança Adâmica. Da parte de Deus essa aliança
celebrada no Éden foi à solução divina para o problema do pecado que surgiu
como conseqüência da queda. Antes disso não havia logicamente sacrifício pelo
pecado. Deus proveu uma oferta pela qual o homem poderia reencontrar a pureza e
a comunhão com Deus, 1Jo 1.3,7. A liberdade da morte e a regência do mundo
foram incluídas neste plano, 1Co 15.26; Mt 5.5; Ap 5.10. Essa provisão era o
cordeiro de Deus, morto desde a fundação do mundo, Ap 13.8. “Eis que o pecado (ou
seja, a oferta do pecado) jaz a porta, ’’ Gn 4.7, Deus falou isto a Caim. A
primeira família, assim ensinada por Deus, entendia isso perfeitamente e
manteve esse costume de oferecer sacrifícios expiatórios, de animais, sobre
altares de pedra. Sete, Enoque, Noé e outros da linhagem piedosa mantiveram
vivo esse testemunho da fé durante todo o período ante-diluviano, de mais de
1500 anos Hb 11.4-7.
A
maneira correta para o homem expressar o desejo de entrar em comunhão com Deus
era aceitar o caminho da redenção, provida por Deus na instituição de
sacrifícios de sangue. Gn 3:21; 4:3, 4. “Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelentes
sacrifícios do que Caim...” Hb
11:4. “E assim, a fé vem pela pregação e
a pregação pela palavra de Cristo”. Rm
10:17. Isso significa então que Abel
ouviu a palavra de Deus (Gn 3:15), transmitida por seu pai, Adão, e que creu,
demonstrando a sua fé na oferta de sangue, que era um tipo do grande Cordeiro
de Deus que tira o pecado do mundo. João
1:29.
A Aliança de Deus com
Noé. Gn 8:20-22: 9:9-17. Logo após sair da arca que o salvou das
águas, Noé se aproximou de Deus levantando o altar, com sacrifício de
sangue. Gn 8:20. Deus atendeu a seu servo, concedendo-lhe os
termos duma nova aliança com o homem. A
primeira cláusula continha três provisões:
1) Deus não mais amaldiçoaria a terra;
2) Deus não mais feriria todo ser vivente,
como acabava de fazer;
3) Enquanto durasse a terra, haveria
sementeira e ceifa, dia e noite, frio e calor, verão e inverno. Gn 8:21, 22.
Como sinal de que não mais destruiria a
terra por água, Deus fez aparecer o arco-íris.
Foram instituídas duas mudanças na natureza:
1) O medo do homem foi instilado nos animais,
facilitando dessa maneira o domínio do homem sobre eles e;
2) apresentada a dieta de legumes, foi dada a
carne para comer, havendo apenas uma restrição – o sangue do animal seria
retirado antes.
A grande Aliança com
Abraão. A dispensação patriarcal representa o período
de tempo no qual Deus deu a Abraão as várias porções da aliança que leva seu
nome, e os anos nos quais ele e sua descendência viviam exclusivamente debaixo
da mesma. Depois da chamada original em
Ur dos caldeus, o Senhor apareceu a Abraão seis vezes: Gn 12:1-3, 7; 13:14-17;
15:1-21; 17:1-21; 18:1-33; e 22:1-18.
Essa aliança assim revelada a Abraão e com ele celebrada, foi confirmada
a Israel (Gn 26:2-5), a Jacó (Gn 28:13-15) e a Moisés por todo Israel. Ex 6:1-9.
A Aliança
Mosaica. Êxodo caps 19 a 32. É de se notar, primeiramente, que nesse plano
especial Deus não tratava com eles como “filhos de Abraão”, mas sim como “a casa
de Jacó, os filhos de Israel”. Ex 19:3.
Lembramos que a descendência de Abraão era de duas qualidades: primeira, a
espiritual, os seguidores da “fé que teve quando ainda incircunciso” (Rm 4:11,
12); e a segunda, a descendência natural que guardou a aliança da
circuncisão. Gn 17:1-4. A essa última descendência
Deus havia prometido a terra de Canaã, e foi com essa descendência
circuncidada, os filhos de Abraão por Jacó, que Deus estabeleceu esta aliança
mosaica.
Aliança Palestinica
O Concerto renovado
nas Planícies de Moabe. Depois que a geração rebelde e infiel dos
israelitas pereceu durante seus trinta e nove anos de peregrinação no deserto,
Deus chamou uma nova geração de israelitas e preparou-os para entrarem na terra
prometida, mediante renovação do concerto com Ele. Para uma conquista bem
sucedida da terra de Canaã, necessário era que eles se comprometessem com esse
concerto e que tivessem a garantia que o Senhor Deus estaria com eles.
1) Essa renovação do concerto é o enfoque
principal do livro de Deuteronômio. Depois de uma instrução (1.1-5),
Deuteronômio faz um resumo histórico de como Deus lidou com seu povo desde a
partida do Sinai (Dt 1.6 ; 4.43). Repete as principais condições do concerto em
(Dt 4.44; 26.29). Deus relembra aos israelitas as maldições e as benções do
concerto (Dt 27.1 ; 30.20), e termina com as providências para a continuação do
concerto (Dt 31.1 ; 33.29). Embora o fato não seja mencionado especificamente
no livro, podemos ter como certo que a nação de Israel, a uma só voz, deu um
caloroso “Amém” às condições do concerto, assim como a geração anterior fizera
no monte Sinai (Ex 24.1-8; Dt.27; 29.10-14).
2) O conteúdo básico desse concerto continuou
como o do monte Sinai. Um assunto reiterado no livro inteiro de Deuteronômio é
que, se o povo de Deus obedecesse a todas as palavras do concerto, teria a
benção divina; em caso contrário, teria a maldição divina (ver especialmente
27.30). A única maneira deles e seus descendentes permanecerem para sempre na
terra de Canaã era guardarem o concerto, amando ao Senhor (ver 6.5) e
obedecendo a sua lei (30.15-20).
A Aliança com Davi ou
Davídica. 2 Sm 7.16; Sl
89.28,34-37. Após os primeiros 450 anos de fidelidade da parte de Deus e de
infidelidade da parte do homem, Israel acrescentou mais um pecado a longa lista
de transgressões contra a lei de Deus. Israel se enfadou da sua relação de
sacerdote em favor das demais nações e queria ser iguais às outras. Não quis
mais Jeová como rei sobre eles, mas queriam um rei como as outras nações. Mesmo
assim a paciência e a graça de Deus não se esgotaram e Deus concedeu-lhe o seu
pedido, reservando para si apenas o direito de escolher esse rei. O primeiro
rei que escolheu foi aquele que a nação teria escolhido um homem de aparência,
alto, que ficava cabeça e ombro acima dos demais.
O mal que Saul praticou e o desapontamento
que ele causou a Israel serviram para preparar o caminho para a coroação da
escolha de Deus, Davi, filho de Jessé.
Com esse jovem Deus fez aliança, porque
era homem “segundo o coração de Deus”, prometendo-lhe que: 1) de sua semente
virá o Prometido; e 2) O Messias sentar-se-ia no trono de Davi eternamente.
Dessa maneira, a promessa messiânica feita pela primeira vez em Gn 3:15, e
depois a Abraão, Isaque, Jacó e Judá, agora se concentrou na casa real de Davi.
A Nova
Aliança. Tal qual Moisés foi
mediador da Aliança Mosaica, assim Cristo é o mediador da nova Aliança. Hb 8:6;
9:15; 12:24. Com a vida de Cristo, a
velha aliança, a Mosaica, terminou como Paulo afirma em Rm 10:4; Gl 3:19. Seria o caso de esperar que Ele então
apresentasse a Nova, o que de fato aconteceu quando celebrou a Ceia com seus
discípulos, Lc 22:20; I Co 11:25. Ele
disse: “Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de
vós”. Lc 22:20; Mc 14:24; Mt 26:28.
Uma Aliança é
um pacto ou concerto. A nova
aliança inclui a presença de “testemunho” ou “legado”, que se torna válido a
morte do Testador, que é Cristo. Gl 3:15.
“Porque onde há testamento é necessário que intervenha a morte do
testador; pois um testemunho só é confirmado no caso de mortos; visto que de
maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador”. Hb 9:16-17. Esse período jurídico referia-se também a
velha aliança mosaica, pois essa também foi introduzida, dedicada e sancionada
pelo derramamento de sangue significava a morte do testador e concedeu a
natureza de “dádiva” ou “graça” à aliança.
É o que significa a presença dum “testemunho” ou “legado”. A aliança Mosaica era transitória e de
qualidade “assistencial”, não definitiva; como se pode entender pelo fato de
serem animais que foram sacrificados como tipo do cordeiro de Deus que
posteriormente daria a sua vida. Quando
Jesus então anunciou que seu sangue seria o sangue da nova aliança, entendemos
que Ele mesmo era o Testador (o Doador) da nova aliança e do novo testamento.
Hb 9:25, 26; 10:29; 13:20. A nova
aliança é, portanto um “legado” da graça divina e ela entrou em vigor à morte
de Cristo. I Pe 1:4. Essa é a aliança que foi prometida em Jr 31:31-34.
Bibliografia
*Bíblia
de Estudo Pentecostal
*O
Plano Divino Através dos Séculos
Por :Aguinaldo de O. Arruda.
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