sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

ALIANÇAS BÍBLICAS




Alianças
   A Aliança Edênica. Gn 2.16,17. Por essa aliança Deus concedeu ao homem plena inteligência, intuição e capacidade administrativa pelas quais regeria toda a criação na qualidade de responsável perante Deus.
     Certas obrigações foram impostas ao homem, como sejam;
1) ocupar a terra;
2) comer somente ervas e frutas;
3) guardar o jardim do Éden;
4) abster-se de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Era necessária essa proibição única, uma vez que o homem tinha livre arbítrio. A escolha seria o meio de provar essa liberdade. Sua foi a opção de obedecer ou desobedecer a Deus. Contudo Adão foi muito bem advertido sobre as conseqüências más, caso desobedecesse... “no dia em que dela comeres, certamente morrerás’’. Gn 2.17.

   A Aliança Adâmica. Da parte de Deus essa aliança celebrada no Éden foi à solução divina para o problema do pecado que surgiu como conseqüência da queda. Antes disso não havia logicamente sacrifício pelo pecado. Deus proveu uma oferta pela qual o homem poderia reencontrar a pureza e a comunhão com Deus, 1Jo 1.3,7. A liberdade da morte e a regência do mundo foram incluídas neste plano, 1Co 15.26; Mt 5.5; Ap 5.10. Essa provisão era o cordeiro de Deus, morto desde a fundação do mundo, Ap 13.8. “Eis que o pecado (ou seja, a oferta do pecado) jaz a porta, ’’ Gn 4.7, Deus falou isto a Caim. A primeira família, assim ensinada por Deus, entendia isso perfeitamente e manteve esse costume de oferecer sacrifícios expiatórios, de animais, sobre altares de pedra. Sete, Enoque, Noé e outros da linhagem piedosa mantiveram vivo esse testemunho da fé durante todo o período ante-diluviano, de mais de 1500 anos Hb 11.4-7.
        A maneira correta para o homem expressar o desejo de entrar em comunhão com Deus era aceitar o caminho da redenção, provida por Deus na instituição de sacrifícios de sangue.  Gn 3:21; 4:3, 4.  “Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelentes sacrifícios do que Caim...”  Hb 11:4.  “E assim, a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo”.  Rm 10:17.  Isso significa então que Abel ouviu a palavra de Deus (Gn 3:15), transmitida por seu pai, Adão, e que creu, demonstrando a sua fé na oferta de sangue, que era um tipo do grande Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.  João 1:29.

    A Aliança de Deus com Noé.  Gn 8:20-22: 9:9-17.  Logo após sair da arca que o salvou das águas, Noé se aproximou de Deus levantando o altar, com sacrifício de sangue.  Gn 8:20.  Deus atendeu a seu servo, concedendo-lhe os termos duma nova aliança com o homem.  A primeira cláusula continha três provisões:
 1) Deus não mais amaldiçoaria a terra;
 2) Deus não mais feriria todo ser vivente, como acabava de fazer;
 3) Enquanto durasse a terra, haveria sementeira e ceifa, dia e noite, frio e calor, verão e inverno.  Gn 8:21, 22.
     Como sinal de que não mais destruiria a terra por água, Deus fez aparecer o arco-íris.  Foram instituídas duas mudanças na natureza:
 1) O medo do homem foi instilado nos animais, facilitando dessa maneira o domínio do homem sobre eles e;
 2) apresentada a dieta de legumes, foi dada a carne para comer, havendo apenas uma restrição – o sangue do animal seria retirado antes.

 A grande Aliança com Abraão.  A dispensação patriarcal representa o período de tempo no qual Deus deu a Abraão as várias porções da aliança que leva seu nome, e os anos nos quais ele e sua descendência viviam exclusivamente debaixo da mesma.  Depois da chamada original em Ur dos caldeus, o Senhor apareceu a Abraão seis vezes: Gn 12:1-3, 7; 13:14-17; 15:1-21; 17:1-21; 18:1-33; e 22:1-18.  Essa aliança assim revelada a Abraão e com ele celebrada, foi confirmada a Israel (Gn 26:2-5), a Jacó (Gn 28:13-15) e a Moisés por todo Israel.  Ex 6:1-9.

    A Aliança Mosaica.  Êxodo caps 19 a 32.  É de se notar, primeiramente, que nesse plano especial Deus não tratava com eles como “filhos de Abraão”, mas sim como “a casa de Jacó, os filhos de Israel”.  Ex 19:3. Lembramos que a descendência de Abraão era de duas qualidades: primeira, a espiritual, os seguidores da “fé que teve quando ainda incircunciso” (Rm 4:11, 12); e a segunda, a descendência natural que guardou a aliança da circuncisão.  Gn 17:1-4. A essa última descendência Deus havia prometido a terra de Canaã, e foi com essa descendência circuncidada, os filhos de Abraão por Jacó, que Deus estabeleceu esta aliança mosaica.

Aliança Palestinica

 O Concerto renovado nas Planícies de Moabe. Depois que a geração rebelde e infiel dos israelitas pereceu durante seus trinta e nove anos de peregrinação no deserto, Deus chamou uma nova geração de israelitas e preparou-os para entrarem na terra prometida, mediante renovação do concerto com Ele. Para uma conquista bem sucedida da terra de Canaã, necessário era que eles se comprometessem com esse concerto e que tivessem a garantia que o Senhor Deus estaria com eles.
    
 1) Essa renovação do concerto é o enfoque principal do livro de Deuteronômio. Depois de uma instrução (1.1-5), Deuteronômio faz um resumo histórico de como Deus lidou com seu povo desde a partida do Sinai (Dt 1.6 ; 4.43). Repete as principais condições do concerto em (Dt 4.44; 26.29). Deus relembra aos israelitas as maldições e as benções do concerto (Dt 27.1 ; 30.20), e termina com as providências para a continuação do concerto (Dt 31.1 ; 33.29). Embora o fato não seja mencionado especificamente no livro, podemos ter como certo que a nação de Israel, a uma só voz, deu um caloroso “Amém” às condições do concerto, assim como a geração anterior fizera no monte Sinai (Ex 24.1-8; Dt.27; 29.10-14).      

 2) O conteúdo básico desse concerto continuou como o do monte Sinai. Um assunto reiterado no livro inteiro de Deuteronômio é que, se o povo de Deus obedecesse a todas as palavras do concerto, teria a benção divina; em caso contrário, teria a maldição divina (ver especialmente 27.30). A única maneira deles e seus descendentes permanecerem para sempre na terra de Canaã era guardarem o concerto, amando ao Senhor (ver 6.5) e obedecendo a sua lei (30.15-20).                            

   A Aliança com Davi ou Davídica. 2 Sm 7.16; Sl 89.28,34-37. Após os primeiros 450 anos de fidelidade da parte de Deus e de infidelidade da parte do homem, Israel acrescentou mais um pecado a longa lista de transgressões contra a lei de Deus. Israel se enfadou da sua relação de sacerdote em favor das demais nações e queria ser iguais às outras. Não quis mais Jeová como rei sobre eles, mas queriam um rei como as outras nações. Mesmo assim a paciência e a graça de Deus não se esgotaram e Deus concedeu-lhe o seu pedido, reservando para si apenas o direito de escolher esse rei. O primeiro rei que escolheu foi aquele que a nação teria escolhido um homem de aparência, alto, que ficava cabeça e ombro acima dos demais.
     O mal que Saul praticou e o desapontamento que ele causou a Israel serviram para preparar o caminho para a coroação da escolha de Deus, Davi, filho de Jessé.
     Com esse jovem Deus fez aliança, porque era homem “segundo o coração de Deus”, prometendo-lhe que: 1) de sua semente virá o Prometido; e 2) O Messias sentar-se-ia no trono de Davi eternamente. Dessa maneira, a promessa messiânica feita pela primeira vez em Gn 3:15, e depois a Abraão, Isaque, Jacó e Judá, agora se concentrou na casa real de Davi.

 A Nova Aliança.  Tal qual Moisés foi mediador da Aliança Mosaica, assim Cristo é o mediador da nova Aliança. Hb 8:6; 9:15; 12:24.  Com a vida de Cristo, a velha aliança, a Mosaica, terminou como Paulo afirma em Rm 10:4; Gl 3:19.  Seria o caso de esperar que Ele então apresentasse a Nova, o que de fato aconteceu quando celebrou a Ceia com seus discípulos, Lc 22:20; I Co 11:25.  Ele disse: “Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós”. Lc 22:20; Mc 14:24; Mt 26:28.
   Uma Aliança é um pacto ou concerto.  A nova aliança inclui a presença de “testemunho” ou “legado”, que se torna válido a morte do Testador, que é Cristo. Gl 3:15.  “Porque onde há testamento é necessário que intervenha a morte do testador; pois um testemunho só é confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador”. Hb 9:16-17.  Esse período jurídico referia-se também a velha aliança mosaica, pois essa também foi introduzida, dedicada e sancionada pelo derramamento de sangue significava a morte do testador e concedeu a natureza de “dádiva” ou “graça” à aliança.  É o que significa a presença dum “testemunho” ou “legado”.  A aliança Mosaica era transitória e de qualidade “assistencial”, não definitiva; como se pode entender pelo fato de serem animais que foram sacrificados como tipo do cordeiro de Deus que posteriormente daria a sua vida.  Quando Jesus então anunciou que seu sangue seria o sangue da nova aliança, entendemos que Ele mesmo era o Testador (o Doador) da nova aliança e do novo testamento. Hb 9:25, 26; 10:29; 13:20.  A nova aliança é, portanto um “legado” da graça divina e ela entrou em vigor à morte de Cristo. I Pe 1:4. Essa é a aliança que foi prometida em Jr 31:31-34.


Bibliografia

*Bíblia de Estudo Pentecostal
*O Plano Divino Através dos Séculos

   


  Por :Aguinaldo de O. Arruda.

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