A escada de Jacó é sem dúvida uma das cenas mais famosas da
Torá. O patriarca Jacó dorme em uma pedra e tem uma visão noturna de anjos
subindo e descendo dos céus acima dele. É uma história conhecida, mas será que
nós entendemos a sua mensagem?
Uma visão de ascensão
Jacó é
forçado a escapar do seu irmão Esaú. Ele abandona a casa dos seus pais na Terra
de Israel e vai para a casa do seu tio Labão na Mesopotâmia. No caminho Jacó
descansa e dorme no chão, onde tem a sua famosa visão:
E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela. (Gên. 28:12)
E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela. (Gên. 28:12)
O valor de uma base forte
O sonho
de Jacó nos ensina que nossas vidas espirituais seguem um modelo: às vezes para
cima, às vezes para baixo, mas sempre em caminho aos céus com passos firmes.
Progredimos em caminho a Deus um passo por vez e não de uma vez. Esta ascensão,
no entanto, só é possível com uma base forte. Como a escada de Jacó, que estava
"posta na terra", nossas vidas espirituais requerem uma base forte. A
palavra hebraica neste verso para “posta” é mutzáv (מֻצָּב). Ela vem da raiz
que significa "ser firme, decidido". No original em hebraico, a Bíblia
deseja reforçar a ideia de que a escada de Jacó não estava apenas posta, mas
que estava firme e forte na terra.
Em Deuteronômio
1:33, Moisés relata aos israelitas como Deus os guiou durante sua estada no
deserto, com uma coluna de nuvem (עָנָן) durante o dia e outra, de fogo (אֵשׁ),
à noite. Esta luz sobre a qual lemos, que serviu de guia, tem uma função muito
prática em Deuteronômio 1:33, mas serviu ela também a outro propósito?
A Coluna como Guia
Depois que os
israelitas foram libertados da escravidão no Egito, Deus os conduziu pelo
deserto com uma coluna de nuvem (עַמּוּד עָנָן, amud anan) durante o dia,
iluminada por fogo (עַמּוּד אֵשׁ, amud esh) à noite (Êxodo 13:21). Além de
fornecer orientação aos israelitas no deserto, esta coluna os avisava quando
deveriam levantar acampamento e continuar em sua jornada, e quando interrompê-la
(Números 9:21).
A Coluna como
Protetora
A coluna de nuvem
não serviu só de guia para os israelitas. Este incrível pilar protegia os
escravos emancipados do perigo. Ele impediu que o exército de Faraó alcançasse
os israelitas ao atravessarem o Mar de Juncos (Êxodo 14:19). Além disso, na
versão do êxodo constante do Salmo 105, a nuvem serviu como cobertura e
proteção (presumivelmente) contra o calor do sol, enquanto vagavam pelo deserto
(v. 39).
"Senhor
Deus, que me hás de dar, pois ando sem filhos?" Gênesis 15:2
Em Gênesis 15, Abraão expressou sua dor
suprema por não ter filhos e Deus lhe respondeu. Um olhar mais atento às
palavras hebraicas que usam, expõe a relação entre eles, completamente perdida
na tradução. O que Abraão disse e qual
foi a reação de Deus?
Pai Elevado
Em Gênesis 15, Deus promete a Abrão
recompensá-lo. Abrão responde a Deus que ele é "ערירי",
"Arirí". A palavra "Arirí" significa sem filhos ou
solitário. Abrão repete esta queixa duas vezes: o terceiro versículo meramente
reitera o segundo, com a mesma atitude ressentida, quase zangada: "Eis que
não me tens dado filhos"! Podemos entender que Abrão sente dor: ele tem
esperado por tanto tempo - e está constantemente sendo lembrado dessa dor e
desapontamento pela ironia de seu nome: אברם Av-Ram, “elevado(=ram)
pai(=av)". Ele tem esse nome há 85 anos – e, ainda assim, permanece sem
filhos.
Surpreendentemente, após este amargo
discurso, não há repreensão, em vez disso, Deus sugere a Abrão: "Olha para
os céus, e conta as estrelas" (“הַבֶּט־נָא הַשָּׁמַיְמָה"). Esta
frase (habet-ná hashamaymá) inclui uma palavra muito interessante – נָא (ná),
tipicamente usada para marcar um discurso pessoal educado ou pedido emocional.
O texto hebraico mostra-nos claramente quão cuidadosa e ternamente Deus fala a
Abrão.
ETIMOLOGIA DE ANJO
Para muitos de nós, a palavra
"anjo" representa a imagem de uma criatura perfeita que nos oferece
orientação espiritual. Um anjo é a essência do altruísmo e da generosidade. Até
elogiamos alguém que faz alguma coisa legal dizendo "você é um anjo".
Mas se abrimos a Hebraico Bíblia, encontramos uma imagem bem diferente do que
significa ser um anjo.
UM MAL-ENTENDIDO ANGELICAL
Há centenas de aparições de anjos na Bíblia,
ainda assim existe muita confusão com relação a eles. A imagem angelical que a
maioria de nós tem é a de uma criatura bela, adornada com asas e uma auréola de
luz. Mas este ser celestial é na verdade uma criação de artistas da Renascença e
não tem relação com a imagem bíblica de um anjo. Então o que está escrito na
Bíblia sobre os anjos?
O VERDADEIRO SIGNIFICADO DE ANJO
A Bíblia Hebraica utiliza a palavra malach מַלְאַךְ
para referir-se a um anjo. A raiz dessa palavra é לאך que significa "ir
para frente e para trás". Se subentende o fato de que isso é trabalho
pesado, originando a palavra Hebraica melachá מְלָאכָה, que significa
"trabalho físico". Um anjo é um mensageiro que vai e volta
incansavelmente para entregar informações. O Deus de Israel usa anjos como
intermediários entre o céu e a terra frequentemente.
APRENDA AS MENSAGENS DIVINAS HEBRAICAS
Os anjos não têm asas na Bíblia, eles têm
aparência humana. É por isso que as pessoas na Bíblia não reconhecem eles como
anjos. Os retratos artísticos obscurecem o verdadeiro significado do Hebraico.
Na história da
criação, depois que Deus criou os céus, a terra e todas as criaturas vivas, ele
descansou no sétimo dia.
O que há por trás
da decisão Divina de descansar no sétimo dia e por que ele é chamado de
"Shabat"?
A semana israelita
foi estabelecida no momento da criação como um ciclo de sete dias. Hoje
consideramos isso normal, mas a ideia de que os humanos devem organizar e
monitorar o tempo em períodos de sete dias nem sempre foi aceita
universalmente. Períodos semanais de seis e dez dias podem ser encontrados em
diversas culturas antigas. Além disso, na semana israelita/judaica, os dias não
são nomeados e sim numerados. Apenas o sétimo dia tem um nome especial: שַׁבָּת
(shabat) - o Sabático.
Como o sétimo dia
recebeu o nome "Shabat"?
A palavra שַׁבָּת
(shabat) vem da história da criação em Gênesis 2:1-3. Dizem que Deus
terminou/descansou de seu trabalho no sétimo dia. "Shabat" é a
palavra para descansar/terminar em Hebraico. Deus abençoou aquele dia e o
transformou em um dia especial. No Hebraico Moderno, a palavra para
"greve" é שביתה (shvitá) e vem da mesma raiz.
João 6.54-57 – O Texto Não Se Refere a Ceia Do Senhor
O sentido deve ser: “Aquele que
aceita, se apropria e assimila meu sacrifício vicário, como a única base para
salvação, permanece em mim e eu nele.” Como a comida e a bebida são oferecidas
aos famintos e sedentos, assim também o sacrifício de Cristo é oferecido aos
crentes, e aceito por eles.
Se essas palavras
forem interpretadas de um a maneira estritamente literal, a única conclusão
lógica será que Jesus advogou em favor do canibalismo. Contudo, isso é algo que
ninguém ousa afirmar.
O versículo 57 indica claramente que a frase
“comer minha carne e beber meu sangue” significa “comer a mim”. O que se indica
aqui, portanto, é um ato de apropriação e comunhão pessoal. também 6.35, em que “vir a mim ...” significa
“crer em Mim ”.
O texto nos informa
que o que come da carne e bebe do sangue de Cristo permanece nele, e ele nele
(v. 56).
COMO A BÍBLIA FOI ESCRITA?
Um dos
fenômenos mais extraordinários da Bíblia Hebraica é a sua escrita. Ao ler a
Bíblia em Hebraico, vemos que as letras estão cercadas por pequenos pontos.
Esses pontos estão lá para ajudar a pronunciar as palavras corretamente. Nos
tempos antigos, o sistema de escrita do idioma Hebraico não tinha vogais.
Assim, a leitura era uma tarefa muito
difícil. Por séculos, um pequeno grupo de estudiosos preservaram os sons
autênticos da Bíblia, passados oralmente desde os tempos de Moisés.
TODO MUNDO PODE LER A BÍBLIA!
No século
9 d.C., uma mudança chocante aconteceu na cidade de Tiberíades. Um grupo de
estudiosos conhecidos como Masoretis ( "os tradicionalistas")
adicionaram vogais ao texto bíblico! Essas vogais não são letras como as vogais
em português (A,E,I,O,U), mas pequenos pontos colocados ao redor de cada
consoante. Não era mais necessário dedicar anos em aprendizado e memorização da
maneira certa de pronunciar a Bíblia. Ao adicionar vogais, os Masoretis
trouxeram a verdadeira tradição de Moisés para todos.
ESTUDE HEBRAICO BÍBLICO - FALE AS PALAVRAS DA
BÍBLIA
O mais extraordinário no trabalho dos Masoretis não foi apenas a
invenção das vogais, mas a maneira como eles preservaram e apresentaram a
pronúncia correta da Bíblia Hebraica.
A noção
de Deus que ama o povo é muito difundida pela Bíblia. Notoriamente, aparece em
João 3:16, que garante a todos que "Deus amou o mundo de tal maneira que
deu o seu Filho único, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha
a vida eterna". Mas exatamente de que consiste esse amor Divino? A
resposta pode ser encontrada no idioma original da Bíblia: o Hebraico.
Em
Deuteronômio, encontramos um mandamento muito estranho: "Amarás, pois, o
Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas
forças" (Deut. 6:5). Mas espere. Como você pode forçar esse tipo de
sentimento? O "amor" bíblico neste versículo é diferente do
"amor" que encontramos em livros e filmes de romance. A palavra em
Hebraico para amor neste versículo é ahav (אהב). Esta palavra não tem relação
com amor romântico. A palavra ahav no seu nível mais básico significa fidelidade.
Amar Deus significa ser fiel a ele.
Hermenêutica - É a ciência e a arte que estuda a interpretação da Bíblia.
Ciência porque estabelece regras positivas e invariáveis Arte porque as suas
regras são práticas. [Do grego hermeneuticós]
derivado do verbo Hermeneuo, Ciência que tem por principal
objetivo descobrir o verdadeiro significado de um texto.
É um conjunto de regras, análises ou métodos que
permitem o leitor da Bíblia interpretar o sentido verdadeiro, o do autor, da
Palavra de Deus.
VEJAMOS
Jo 5.39, Jesus mandou que o povo examinasse as Escrituras(...). Não. A forma verbal de Jo 5.39 está no modo indicativo: examinais; e não no imperativo: examinai. Trata-se de uma repreensão de Jesus àquele povo, mostrando que eles eram incoerentes. Eles examinavam as Escrituras e não queriam vir a Jesus, de quem as Escrituras tratavam. Isto era um contra-senso. Ver também em Lc 24.27,44.
REVELAÇÃO
E INSPIRAÇÃO
Jo 5.39, Jesus mandou que o povo examinasse as Escrituras(...). Não. A forma verbal de Jo 5.39 está no modo indicativo: examinais; e não no imperativo: examinai. Trata-se de uma repreensão de Jesus àquele povo, mostrando que eles eram incoerentes. Eles examinavam as Escrituras e não queriam vir a Jesus, de quem as Escrituras tratavam. Isto era um contra-senso. Ver também em Lc 24.27,44.
Revelação
e inspiração são coisas diferentes. A palavra revelação, “apocalipsis”, em
grego significa o ato e o efeito de tirar o véu que encobria o desconhecido.
A
inspiração “theopneustos” é o
registro dessa revelação sob a influência do Espírito Santo.
Onde a baleia vomitou Jonas?
Muitos afirmam que o peixe que engoliu Jonas vomitou-o "na praia de Nínive". Dizem também que o povo de Nínive contemplou este espetáculo insólito e, como adoravam ao Deus-peixe imediatamente aceitaram a mensagem de Jonas. Lendo a própria narrativa bíblica, você vai descobrir que tais afirmações não têm qualquer fundamento, por causa dos fatos simples a seguir:
Jonas estava no ventre de um peixe no Mar Mediterrâneo, chamado pelos povos da Antiguidade bíblica de "Mar Grande". Nínive encontrava-se muitos quilômetros para o interior da Assíria, às margens do rio Tigre, o qual não tem qualquer comunicação com o mar no qual Jonas e o peixe estavam. Logo depois que Jonas foi vomitado na praia, Deus falou novamente com ele e afirmou algo que só podia ser falado a alguém que tivesse de caminhar bastante, o que realmente aconteceu. Veja os textos e as ênfases:
"E veio a palavra do Senhor SEGUNDA VEZ a Jonas, dizendo: Levanta-te, E VAI (quem vai a algum lugar é porque ainda não está no tal lugar) à grande cidade de Nínive (a descrição demonstra que Jonas ainda nem tinha visto a cidade) e prega contra ela a pregação que eu te disse. E levantou-se Jonas, E FOI A NINIVE (é claro que ainda não estava nela), segundo a palavra do Senhor..." (Jonas3:1-3).
Mais um detalhe, a bíblia não diz que era uma baleia, mas sim um "peixe grande"
Do Hebraico - Daggadol = peixe enorme
Do grego - ketos = peixe gigantesco Mt 12.40
Há um erro grave na interpretação do texto;
Onde a baleia vomitou Jonas?
Muitos afirmam que o peixe que engoliu Jonas vomitou-o "na praia de Nínive". Dizem também que o povo de Nínive contemplou este espetáculo insólito e, como adoravam ao Deus-peixe imediatamente aceitaram a mensagem de Jonas. Lendo a própria narrativa bíblica, você vai descobrir que tais afirmações não têm qualquer fundamento, por causa dos fatos simples a seguir:
Jonas estava no ventre de um peixe no Mar Mediterrâneo, chamado pelos povos da Antiguidade bíblica de "Mar Grande". Nínive encontrava-se muitos quilômetros para o interior da Assíria, às margens do rio Tigre, o qual não tem qualquer comunicação com o mar no qual Jonas e o peixe estavam. Logo depois que Jonas foi vomitado na praia, Deus falou novamente com ele e afirmou algo que só podia ser falado a alguém que tivesse de caminhar bastante, o que realmente aconteceu. Veja os textos e as ênfases:
"E veio a palavra do Senhor SEGUNDA VEZ a Jonas, dizendo: Levanta-te, E VAI (quem vai a algum lugar é porque ainda não está no tal lugar) à grande cidade de Nínive (a descrição demonstra que Jonas ainda nem tinha visto a cidade) e prega contra ela a pregação que eu te disse. E levantou-se Jonas, E FOI A NINIVE (é claro que ainda não estava nela), segundo a palavra do Senhor..." (Jonas3:1-3).
Mais um detalhe, a bíblia não diz que era uma baleia, mas sim um "peixe grande"
Do Hebraico - Daggadol = peixe enorme
Do grego - ketos = peixe gigantesco Mt 12.40
Há um erro grave na interpretação do texto;
Isaías
41.6: “cada
um ajuda o outro e diz a seu irmão: "Seja forte!"”
O
pregador poderia seguir tranquilamente com sua exposição
sem ser questionado, pois, inicialmente, o texto parece ilustrar bem o
argumento do palestrante. Entretanto, um estudioso da Palavra não aceitaria
este texto como adequado ao argumento da pregação, pois lembraria que o contexto desta passagem tem um propósito
muito diferente do que “A
união e o encorajamento entre os cristãos”. A
saber:
Isaías
41.5-7: “As
ilhas viram isso e temem; os confins da terra tremem. Eles se aproximam e vêm à
frente; cada um ajuda o outro e diz a seu irmão: "Seja forte!" O
artesão encoraja o ourives, e aquele que alisa com o martelo incentiva o que
bate na bigorna. Ele diz acerca da soldagem: "Está
boa". E fixa o ídolo
com prego para que não tombe.”
O
texto na verdade fala sobre produtores de imagens e ídolos
que ajudam um aos outros a fazerem o que é
abominável
aos olhos do Senhor, sendo que o povo de Deus, Israel, não deveria se envolver
com as atividades deles. Esse é um
exemplo até
engraçado,
mas mostra um retrato triste do desinteresse dos cristãos pelo conhecimento bíblico
sério.
Esse desinteresse faz com que muitos sejam manipulados e guiados por idéias
de homens sem escrúpulos
que usam a bíblia
em favor de suas idéias
vãs, para chamar a atenção
das pessoas e levar muitos a satisfazerem seus interesses. São esses que sujam
a imagem dos cristãos na sociedade e desonram a Palavra de Deus frente aos que
não conhecem a Jesus.
Gostei muito desse estudo ,fui muito edificado.
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