sábado, 15 de abril de 2017

A SINDROME DE DIÓTREFES

A SÍNDROME DE DIÓTREFES

"Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de ter entre eles a primazia, não nos recebe." III João 1:9

    Sindrome é um conjunto de características ou de sinais associados a uma condição crítica, suscetível de despertar reações de temor e insegurança. No caso em pauta, a síndrome de Diótrefes de se aplica aquele tipo de gente que tem medo de perder a sua projeção social, quer no meio secular, como no eclesiástico. Traduzindo, ela se caracteriza pelo sentimento de medo, insegurança e até de inveja, naqueles que gostam de exercer sua evidência diante de quem pode lhes ameaçar sua projeção pessoal.

    O personagem bíblico chamado Diótrefes, foi portador da síndrome que nesta pastoral, leva o seu nome, isto porque, diz o texto, que por gostar de exercer a primazia:" fama, autoridade, influência, decisão, etc.", não quis receber João, quando este apóstolo do amor, estava em viagem para comunidade de Éfeso. Imagino quanta dificuldade passou João, a ponto de registrar em sua epístola tal acontecimento.

    Os portadores de tal síndrome são capazes de causar dificuldades há qualquer um que seja, desde que se projete como uma possível sombra à sua projeção pessoal.

    Encontramos muitos Diótrefes em nossas igrejas hoje em dia, e por conseguinte, muitas pessoas são vítimas dos portadores desta síndrome. Os que a têm se manifestam através do desejo de primazia que buscam exercer na comunidade local, querendo mandar em tudo, entrar em áreas que não são de sua alçada, e até mesmo usurpando a posição de outrem. O grande problema, é que os Diíotrefes de hoje, como no passado, registrado por João, excercem influência, a tal ponto de rejeitarem aqueles que vêm em nome do Senhor, e ainda, são capazes de tudo para impedir o surgimento de alguém que ofusque a sua imagem, que deve estar sempre em evidência.

    Imagine que tipo de acusações ou insinuações não deve ter sofrido por parte de Diótrefes, o apóstolo João, aquele que era considerado por Jesus como o discípulo amado, para não ser recebido na sua igreja.

    Podemos evidenciar esta síndrome em nossos dias quando vemos pessoas que têm medo do crescimento da igreja. E estão sempre dizendo: Cuidado com o crescimento, cuidado com isso, cuidado com aquilo, sobre o pretexto do zelo com a igreja, mas que em última análise, escondem o medo da participação na comunidade de gente nova, com boas idéias, talvez tão ricas em talentos como João, mas que mexem no status quo dos portadores de tal síndrome..

    Indentificámo-la também naquele tipo de gente que gosta de ter uma penca de cargos, encargos e responsabilidades na igreja, e brigam pelo seu setor ou departamento, mesmo que para os tais não estejam preparados, mas apenas para massagearem a alma e alimentarem a síndrome de Diótrefes, dos quais são portadores.

    Os portadores desse mal também podem ser achados entre os críticos de plantão, para os quais, tudo tem um senão, uma contestação, uma observação pejorativa, buscando sempre duas finalidades: atingir aqueles que tem a primazia legal, autorizada por Deus e segundo, projetando a sua primazia oca, vazia, destituída de um coração humilde, mas cheia de petulância, de arrogância, e que ainda que com palavras mansas, impedem o crescimento sadio de sua igreja ou o desenvolvimento de outros.

    Para essa gente, portadora dessa doença eclesiástica, existe uma busca constante para descobrir o erro ou o "furo" dos que estão exercendo qualquer espécie de liderança. Isto porque, como a liderança que exercem, as vezes não é natural, buscam minar através da crítica, a vocação natural daqueles que a têm.

    Diz-se que a crítica é a forma mais desonesta elogiarmos a nós mesmos. Sim, os portadores desta síndrome não se cansam de apregoar os erros alheios, rotulando de forma perversa e mordaz os que desenvolvem um trabalho honesto e sincero para com Deus, apenas pela motivação de continuarem mandando, mandando, mandando, etc., até que não fique um que agüente mais as suas ordens e o seu desejo alucinante do poder ou de aparecer, mesmo que isso traga uma grande dificuldade para o crescimento da comunidade local. Ocorre, porém, que os portadores da síndrome de Diótrefes, não estão preocupados com a igreja não, a única preocupação que evidenciam, é consigo mesmo, com sua imagem pública e pelo seu imenso desejo de aparecer! E esquecem um principio elementar da Palavra de Deus: Quem é assim nada sabe, é tolo, pois os possuidores dessa síndrome encaixam-se na seguinte descrição bíblica: "é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, injúrias, suspeitas maliciosas... (I Tm 6:4).

Pr. Neucir Valentim

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