quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

HISTÓRIA DO CARNAVAL E SUAS ORIGENS

HISTÓRIA DO CARNAVAL E SUAS ORIGENS

A história do carnaval tem suas origens na Antiguidade, sendo uma festa tradicional e popular que chegou ao Brasil durante a colonização.


O carnaval é a festa popular mais celebrada no Brasil e que, ao longo do tempo, tornou-se elemento da cultura nacional. Porém, o carnaval não é uma invenção brasileira nem tampouco realizado apenas neste país. A História do Carnaval remonta à Antiguidade, tanto na Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma.

A palavra carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo significado é retirar a carne. O significado está relacionado com o jejum que deveria ser realizado durante a quaresma e também com o controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica de enquadrar uma festa pagã.

Na antiga Babilônia, duas festas possivelmente originaram o que conhecemos como carnaval. As Saceias eram uma festa em que um prisioneiro assumia durante alguns dias a figura do rei, vestindo-se como ele, alimentando-se da mesma forma e dormindo com suas esposas. Ao final, o prisioneiro era chicoteado e depois enforcado ou empalado.

O outro rito era realizado pelo rei nos dias que antecediam o equinócio da primavera, período de comemoração do ano novo na região. O ritual ocorria no templo de Marduk, um dos primeiros deuses mesopotâmicos, onde o rei perdia seus emblemas de poder e era surrado na frente da estátua de Marduk. Essa humilhação servia para demonstrar a submissão do rei à divindade. Em seguida, ele novamente assumia o trono.

O que havia de comum nas duas festas e que está ligado ao carnaval era o caráter de subversão de papéis sociais: a transformação temporária do prisioneiro em rei e a humilhação do rei frente ao deus. Possivelmente a subversão de papeis sociais no carnaval, como os homens vestirem-se de mulheres e vice-versa, pode encontrar suas origens nessa tradição mesopotâmica.

As associações entre o carnaval e as orgias podem ainda se relacionar às festas de origem greco-romana, como os bacanais (festas dionisíacas, para os gregos). Seriam festas dedicadas ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcadas pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne.

Havia ainda em Roma as Saturnálias e as Lupercálias. As primeiras ocorriam no solstício de inverno, em dezembro, e as segundas, em fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas também das purificações. Tais festas duravam dias com comidas, bebidas e danças. Os papeis sociais também eram invertidos temporariamente, com os escravos colocando-se nos locais de seus senhores, e estes colocando-se no papel de escravos.

Mas tais festas eram pagãs. Com o fortalecimento de seu poder, a Igreja não via com bons olhos as festas. Nessa concepção do cristianismo, havia a crítica da inversão das posições sociais, pois, para a Igreja, ao inverter os papéis de cada um na sociedade, invertia-se também a relação entre Deus e o demônio.



                 Ilustração medieval simbolizando um carnaval do período

A Igreja Católica buscou então enquadrar tais comemorações. A partir do século VIII, com a criação da quaresma, tais festas passaram a ser realizadas nos dias anteriores ao período religioso. A Igreja pretendia, dessa forma, manter uma data para as pessoas cometerem seus excessos, antes do período da severidade religiosa.

Durante os carnavais medievais por volta do século XI, no período fértil para a agricultura, homens jovens que se fantasiavam de mulheres saíam nas ruas e campos durante algumas noites. Diziam-se habitantes da fronteira do mundo dos vivos e dos mortos e invadiam os domicílios, com a aceitação dos que lá habitavam, fartando-se com comidas e bebidas, e também com os beijos das jovens das casas.

Durante o Renascimento, nas cidades italianas, surgia a commedia dell'arte, teatros improvisados cuja popularidade ocorreu até o século XVIII. Em Florença, canções foram criadas para acompanhar os desfiles, que contavam ainda com carros decorados, os trionfi. Em Roma e Veneza, os participantes usavam a bauta, uma capa com capuz negro que encobria ombros e cabeça, além de chapéus de três pontas e uma máscara branca.

A história do carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que na colônia era praticada pelos escravos. Depois surgiram os cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos e as escolas de samba. Afoxés, frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais também foram incorporados à maior manifestação cultural do Brasil.
Por Me. Tales Pinto 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

ROTINA DE ESTUDOS

ROTINA DE ESTUDOS EM OITO PASSOS
                                             
Não existe uma fórmula de estudos pronta. Como sugestão, preparamos uma rotina de estudos em oito passos para que estudar vire um hábito em sua vida e traga bons resultados.

Não existe uma fórmula de estudos pronta e que funcione para todo mundo. O que existe é disposição, dedicação e, principalmente, organização para que a tarefa de estudar seja eficaz e renda resultados positivos. Por isso, estabelecer uma rotina diária de estudo pode ser a solução para garantir a aprovação em provas, vestibulares ou concursos.

Se você ainda não planejou a sua rotina, veja algumas dicas de como colocá-la em prática. O importante é adequar seus horários para incluí-la.

1 - A primeira coisa é pensar na sua disponibilidade de tempo. Qual é o turno em que você estuda ou trabalha? Por exemplo, se você trabalha pela manhã, terá, via de regra, suas tardes disponíveis. A partir daí, a rotina começa a ser montada;

2 – Determine quantas disciplinas deverão ser estudadas e veja quantas horas no total você terá para encaixá-las. Tente estudar pelo menos duas horas ininterruptas com, no mínimo, meia hora para cada matéria;

3 – Faça um cronograma semanal. Coloque os dias da semana e encaixe as disciplinas de acordo com os horários que você estabeleceu para cada uma. Se você é estudante, o ideal é fazer o cronograma de acordo com as matérias dadas em sala de aula naquele dia – matéria dada é matéria revisada em casa;

4 – Cumpra seu plano de estudos de segunda a sexta. O sábado pode ser para resolução de exercícios de todas as matérias estudadas durante a semana, uma espécie de simuladão. No domingo, o estudante pode descansar.

5- Se você trabalha durante o dia, tente ter pelo menos duas horas de estudo após o serviço. Opte pelas matérias com as quais você menos se identifica. Use o final de semana para atualizar o estudo ou aprofundá-lo;

6 – Tente concentrar todo o material de estudo em um único lugar, seja no quarto ou escritório, seja na biblioteca. Estudar cada dia em um local diferente pode prejudicar a rotina e o desempenho;

7 – Resolva exercícios após o estudo de cada disciplina. Organize um resumo com as questões que você errou e com as devidas explicações sobre o porquê dos erros. Isso ajuda a evitá-los posteriormente;

8 – Faça pelo menos uma redação por semana e peça a um professor para corrigi-la. Caso não tenha o professor, peça a um colega ou familiares para ler o texto e apontar possíveis erros e acertos.

Como tudo na vida, nem sempre o que planejamos sai conforme o esperado e, com a rotina de estudos, é a mesma coisa. Pode acontecer de um dia todo o cronograma ir por água abaixo, mas não se desespere, com o tempo, a rotina passará a ser um hábito e será praticamente impossível não segui-la durante a semana.


Por Carolina Simiema

Equipe Brasil Escola

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

IGREJAS FECHANDO NA EUROPA

Continente berço do protestantismo fecha milhares de templos por ano
O rápido enfraquecimento da fé cristã na Europa resultou no fechamento de muitas igrejas, que por estarem vazias, tiveram de ser vendidas. Locais de adoração a Deus se tornaram academias, supermercados, lojas e até bares. Na Europa, o cenário de outras religiões é muito diferente do cristianismo. O Judaísmo Ortodoxo, que é o judaísmo predominante na Europa, tem se mantido relativamente estável. Por outro lado, o Islamismo cresceu pela influência de imigrantes da África e do Oriente Médio, e pelo alto índice de natalidade das famílias muçulmanas.
O número de muçulmanos na Europa representava cerca de 4,1% da população total da Europa em 1990. Em 2010, os muçulmanos eram 6%, e a previsão é que chegue a quase 10% ou mais de 60 milhões de pessoas. Em 2030, de acordo com o Pew Research Center. Em alguns países, porém, como França, Inglaterra e Alemanha, a porcentagem pode ser muito maior.
Quando as igrejas estão em desuso, muitas vezes são recriados espaços para artes, educação e esportes. No entanto, como os custos do prédio geralmente são caros, a antiga igreja acaba sendo tomada por projetos comerciais.

Holanda: o pior caso
A Igreja da Inglaterra fecha cerca de 20 igrejas por ano. Cerca de 200 igrejas dinamarquesas foram consideradas inviáveis ou subutilizadas em 2014. Na Alemanha, 515 igrejas católicas fecharam nos últimos dez anos.
Na Holanda a tendência parece ser a mais avançada. É estimado que 700 igrejas protestantes fechem suas portas nos próximos quatro anos naquele país, conhecido pelo forte ateísmo e pelo apoio à agenda política homossexual, à eutanásia, ao aborto e às drogas.
“Os números são tão grandes que toda a sociedade terá de lidar com isso”, diz Lilian Grootswagers, ativista do Futuro para o Patrimônio Religioso na Holanda, que trabalha para preservar igrejas. “Todo mundo vai ter que lidar com grandes prédios vazios em seus bairros”, afirma.
Segundo levantamento de 2011, apesar de 72% dos britânicos ainda se declararem cristãos, só 1,4% frequentam semanalmente a igreja; na França, 63% se dizem cristãos, mas só 1’’% vai à igreja semanalmente, e na Alemanha, 72% se dizem cristãos, mas só 1,2% vai à igreja semanalmente.
Receios nos EUA
Os Estados Unidos têm conseguido evitar uma onda semelhante de fechamento de igrejas, porque os cristãos norte-americanos continuam sendo mais religiosamente atentos do que os europeus. No entanto, pesquisadores religiosos afirmam que a diminuição do número de fiéis americanos nas últimas décadas sugere que o país possa enfrentar o mesmo problema nos próximos anos. Como alguns especialistas têm dito já há algum tempo, a Europa olha para os Estados Unidos hoje dizendo: “Cuidado, eu sou você amanhã!”
A igreja evangélica nos Estados Unidos está em queda vertiginosa, especialmente nas últimas duas décadas, quando intensificou-se a guerra cultural no país contra os valores cristãos. Os dados são impressionantes. Em 1976, ano da Independência dos EUA, 97,6% da população eram evangélicos, sendo 34,2% metodistas, 20,5% batistas, 20,4% congregacionais, 19% presbiterianos e 3,5% episcopais. Os católicos eram 1,8% e 0,6% era a soma das outras religiões e agnósticos. Em 1900, os evangélicos ainda eram 90%. Aí veio a forte imigração para os EUA no início do século 20: só de 1900 a 1910, foram quase 10 milhões de imigrantes que entraram no país, sobretudo irlandeses e italianos. Vieram também em seguida, muitos latinos. Tudo isso fez com que a porcentagem de católicos aumentasse consideravelmente, o que não afetou tanto o perfil do país, porque a maioria dos católicos dos EUA era de conservadores. Porém, logo a maioria católica se torna liberal e o próprio liberalismo social (e teológico) também ganharia força entre muitos evangélicos.
Nos últimos 25 anos, começou então a decadência. Em 1190, 60% da população eram evangélicos e 26,2% católicos. Em 2004, eram 54% de evangélicos e 29% de católicos. Em 2007, 51,3% de evangélicos e 24% de católicos. Em 2008, 50% de evangélicos. E finalmente, em 2012, 48%. Isso significa dizer que nos primeiros 124 anos de República, os evangélicos diminuíram 7 pontos percentuais nos EUA; nos 90 anos seguintes, 30 pontos; enquanto nos últimos 22 anos – só nesse pequeno período – a queda foi de 12 pontos percentuais.
Esperança na Ásia, África e América Latina
Em contrapartida à queda do cristianismo nos EUA e na Europa, sobretudo no continente europeu (onde continua vivo principalmente nas igrejas de imigrantes africanos, brasileiros e latinos), o que se vê na América Latina, na África e na Ásia é um crescimento vertiginoso do cristianismo, sobretudo evangélico e pentecostal.
No final de 2005, conforme divulgado no Mensageiro da Paz em janeiro de 2006 (edição 1.448), uma estimativa de Hartford Institute for Religion Research afirmou que, em 2025, haverá um bilhão de pentecostais no mundo, os quais representarão, daqui a 10 anos, 45% dos cristãos de todo o planeta. Como os pentecostais continuam crescendo exponencialmente no mundo e sendo, já há algumas décadas, o grupo que “carrega nas costas” o crescimento do protestantismo no planeta (inclusive, no Brasil), tal previsão se mostra mais do que plausível.
O historiador britânico Phiplip Jenkins, em sua obra “A Próxima Cristandade – A Chegada do Cristianismo Global”, afirma não apenas que o pentecostalismo se tornará majoritário no mundo cristão como também que o avanço dos pentecostais tornará o cristianismo majoritariamente conservador, já que o pentecostalismo é muito menos suscetível ao liberalismo teológico e social do que outros ramos do cristianismo. Afirma Jenkins que “para melhor ou para pior, é possível que as igrejas dominantes do futuro tenham muito em comum com as da Europa medieval ou do início da Era Moderna. Pelos dados atuais, o futuro do cristianismo meridionalizado deverá ser nitidamente conservador”.
Ora, por que o pentecostalismo tende a ser mais conservador teológica e socialmente? Porque os pentecostais creem no sobrenatural, creem em milagres, creem que a Bíblia é a Palavra de Deus, não negam a autoridade das Escrituras. Por isso é praticamente impossível acontecer uma adesão do pentecostalismo ao liberalismo teológico nos próximos anos, e, consequentemente, ao liberalismo social. Simplesmente porque é uma contradição de termos alguém ser pentecostal e, ao mesmo tempo, teologicamente liberal. Uma coisa anula totalmente a outra.
Que Deus possa reavivar a Sua igreja na Europa e nos EUA, e que as igrejas na Ásia, África e América Latina possam crescer com equilíbrio, proclamado o Evangelho de Cristo em sua pureza e inteireza.

         Por, Mensageiro da Paz (CPAD)

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

ALIANÇAS BÍBLICAS




Alianças
   A Aliança Edênica. Gn 2.16,17. Por essa aliança Deus concedeu ao homem plena inteligência, intuição e capacidade administrativa pelas quais regeria toda a criação na qualidade de responsável perante Deus.
     Certas obrigações foram impostas ao homem, como sejam;
1) ocupar a terra;
2) comer somente ervas e frutas;
3) guardar o jardim do Éden;
4) abster-se de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Era necessária essa proibição única, uma vez que o homem tinha livre arbítrio. A escolha seria o meio de provar essa liberdade. Sua foi a opção de obedecer ou desobedecer a Deus. Contudo Adão foi muito bem advertido sobre as conseqüências más, caso desobedecesse... “no dia em que dela comeres, certamente morrerás’’. Gn 2.17.

   A Aliança Adâmica. Da parte de Deus essa aliança celebrada no Éden foi à solução divina para o problema do pecado que surgiu como conseqüência da queda. Antes disso não havia logicamente sacrifício pelo pecado. Deus proveu uma oferta pela qual o homem poderia reencontrar a pureza e a comunhão com Deus, 1Jo 1.3,7. A liberdade da morte e a regência do mundo foram incluídas neste plano, 1Co 15.26; Mt 5.5; Ap 5.10. Essa provisão era o cordeiro de Deus, morto desde a fundação do mundo, Ap 13.8. “Eis que o pecado (ou seja, a oferta do pecado) jaz a porta, ’’ Gn 4.7, Deus falou isto a Caim. A primeira família, assim ensinada por Deus, entendia isso perfeitamente e manteve esse costume de oferecer sacrifícios expiatórios, de animais, sobre altares de pedra. Sete, Enoque, Noé e outros da linhagem piedosa mantiveram vivo esse testemunho da fé durante todo o período ante-diluviano, de mais de 1500 anos Hb 11.4-7.
        A maneira correta para o homem expressar o desejo de entrar em comunhão com Deus era aceitar o caminho da redenção, provida por Deus na instituição de sacrifícios de sangue.  Gn 3:21; 4:3, 4.  “Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelentes sacrifícios do que Caim...”  Hb 11:4.  “E assim, a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo”.  Rm 10:17.  Isso significa então que Abel ouviu a palavra de Deus (Gn 3:15), transmitida por seu pai, Adão, e que creu, demonstrando a sua fé na oferta de sangue, que era um tipo do grande Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.  João 1:29.

    A Aliança de Deus com Noé.  Gn 8:20-22: 9:9-17.  Logo após sair da arca que o salvou das águas, Noé se aproximou de Deus levantando o altar, com sacrifício de sangue.  Gn 8:20.  Deus atendeu a seu servo, concedendo-lhe os termos duma nova aliança com o homem.  A primeira cláusula continha três provisões:
 1) Deus não mais amaldiçoaria a terra;
 2) Deus não mais feriria todo ser vivente, como acabava de fazer;
 3) Enquanto durasse a terra, haveria sementeira e ceifa, dia e noite, frio e calor, verão e inverno.  Gn 8:21, 22.
     Como sinal de que não mais destruiria a terra por água, Deus fez aparecer o arco-íris.  Foram instituídas duas mudanças na natureza:
 1) O medo do homem foi instilado nos animais, facilitando dessa maneira o domínio do homem sobre eles e;
 2) apresentada a dieta de legumes, foi dada a carne para comer, havendo apenas uma restrição – o sangue do animal seria retirado antes.

 A grande Aliança com Abraão.  A dispensação patriarcal representa o período de tempo no qual Deus deu a Abraão as várias porções da aliança que leva seu nome, e os anos nos quais ele e sua descendência viviam exclusivamente debaixo da mesma.  Depois da chamada original em Ur dos caldeus, o Senhor apareceu a Abraão seis vezes: Gn 12:1-3, 7; 13:14-17; 15:1-21; 17:1-21; 18:1-33; e 22:1-18.  Essa aliança assim revelada a Abraão e com ele celebrada, foi confirmada a Israel (Gn 26:2-5), a Jacó (Gn 28:13-15) e a Moisés por todo Israel.  Ex 6:1-9.

    A Aliança Mosaica.  Êxodo caps 19 a 32.  É de se notar, primeiramente, que nesse plano especial Deus não tratava com eles como “filhos de Abraão”, mas sim como “a casa de Jacó, os filhos de Israel”.  Ex 19:3. Lembramos que a descendência de Abraão era de duas qualidades: primeira, a espiritual, os seguidores da “fé que teve quando ainda incircunciso” (Rm 4:11, 12); e a segunda, a descendência natural que guardou a aliança da circuncisão.  Gn 17:1-4. A essa última descendência Deus havia prometido a terra de Canaã, e foi com essa descendência circuncidada, os filhos de Abraão por Jacó, que Deus estabeleceu esta aliança mosaica.

Aliança Palestinica

 O Concerto renovado nas Planícies de Moabe. Depois que a geração rebelde e infiel dos israelitas pereceu durante seus trinta e nove anos de peregrinação no deserto, Deus chamou uma nova geração de israelitas e preparou-os para entrarem na terra prometida, mediante renovação do concerto com Ele. Para uma conquista bem sucedida da terra de Canaã, necessário era que eles se comprometessem com esse concerto e que tivessem a garantia que o Senhor Deus estaria com eles.
    
 1) Essa renovação do concerto é o enfoque principal do livro de Deuteronômio. Depois de uma instrução (1.1-5), Deuteronômio faz um resumo histórico de como Deus lidou com seu povo desde a partida do Sinai (Dt 1.6 ; 4.43). Repete as principais condições do concerto em (Dt 4.44; 26.29). Deus relembra aos israelitas as maldições e as benções do concerto (Dt 27.1 ; 30.20), e termina com as providências para a continuação do concerto (Dt 31.1 ; 33.29). Embora o fato não seja mencionado especificamente no livro, podemos ter como certo que a nação de Israel, a uma só voz, deu um caloroso “Amém” às condições do concerto, assim como a geração anterior fizera no monte Sinai (Ex 24.1-8; Dt.27; 29.10-14).      

 2) O conteúdo básico desse concerto continuou como o do monte Sinai. Um assunto reiterado no livro inteiro de Deuteronômio é que, se o povo de Deus obedecesse a todas as palavras do concerto, teria a benção divina; em caso contrário, teria a maldição divina (ver especialmente 27.30). A única maneira deles e seus descendentes permanecerem para sempre na terra de Canaã era guardarem o concerto, amando ao Senhor (ver 6.5) e obedecendo a sua lei (30.15-20).                            

   A Aliança com Davi ou Davídica. 2 Sm 7.16; Sl 89.28,34-37. Após os primeiros 450 anos de fidelidade da parte de Deus e de infidelidade da parte do homem, Israel acrescentou mais um pecado a longa lista de transgressões contra a lei de Deus. Israel se enfadou da sua relação de sacerdote em favor das demais nações e queria ser iguais às outras. Não quis mais Jeová como rei sobre eles, mas queriam um rei como as outras nações. Mesmo assim a paciência e a graça de Deus não se esgotaram e Deus concedeu-lhe o seu pedido, reservando para si apenas o direito de escolher esse rei. O primeiro rei que escolheu foi aquele que a nação teria escolhido um homem de aparência, alto, que ficava cabeça e ombro acima dos demais.
     O mal que Saul praticou e o desapontamento que ele causou a Israel serviram para preparar o caminho para a coroação da escolha de Deus, Davi, filho de Jessé.
     Com esse jovem Deus fez aliança, porque era homem “segundo o coração de Deus”, prometendo-lhe que: 1) de sua semente virá o Prometido; e 2) O Messias sentar-se-ia no trono de Davi eternamente. Dessa maneira, a promessa messiânica feita pela primeira vez em Gn 3:15, e depois a Abraão, Isaque, Jacó e Judá, agora se concentrou na casa real de Davi.

 A Nova Aliança.  Tal qual Moisés foi mediador da Aliança Mosaica, assim Cristo é o mediador da nova Aliança. Hb 8:6; 9:15; 12:24.  Com a vida de Cristo, a velha aliança, a Mosaica, terminou como Paulo afirma em Rm 10:4; Gl 3:19.  Seria o caso de esperar que Ele então apresentasse a Nova, o que de fato aconteceu quando celebrou a Ceia com seus discípulos, Lc 22:20; I Co 11:25.  Ele disse: “Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós”. Lc 22:20; Mc 14:24; Mt 26:28.
   Uma Aliança é um pacto ou concerto.  A nova aliança inclui a presença de “testemunho” ou “legado”, que se torna válido a morte do Testador, que é Cristo. Gl 3:15.  “Porque onde há testamento é necessário que intervenha a morte do testador; pois um testemunho só é confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador”. Hb 9:16-17.  Esse período jurídico referia-se também a velha aliança mosaica, pois essa também foi introduzida, dedicada e sancionada pelo derramamento de sangue significava a morte do testador e concedeu a natureza de “dádiva” ou “graça” à aliança.  É o que significa a presença dum “testemunho” ou “legado”.  A aliança Mosaica era transitória e de qualidade “assistencial”, não definitiva; como se pode entender pelo fato de serem animais que foram sacrificados como tipo do cordeiro de Deus que posteriormente daria a sua vida.  Quando Jesus então anunciou que seu sangue seria o sangue da nova aliança, entendemos que Ele mesmo era o Testador (o Doador) da nova aliança e do novo testamento. Hb 9:25, 26; 10:29; 13:20.  A nova aliança é, portanto um “legado” da graça divina e ela entrou em vigor à morte de Cristo. I Pe 1:4. Essa é a aliança que foi prometida em Jr 31:31-34.


Bibliografia

*Bíblia de Estudo Pentecostal
*O Plano Divino Através dos Séculos

   


  Por :Aguinaldo de O. Arruda.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

PORQUE DEUS ASSIM O QUER!


Deus Vult!
Porque Deus assim o quer!

“E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede.” Lc 5.5

Este trecho disposto no Evangelho de Lucas é de uma riqueza sem igual. Vemos, dos lábios de Pedro, duas confissões sobre a pessoa de Jesus. A primeira, de que Ele é o “Mestre”. A segunda, o reconhecimento da autoridade de Cristo. Minha intenção neste texto é de abordar, principalmente, esta última observação feita.

Lendo alguns versículos anteriores, notamos que Cristo, quando próximo ao lago de Genesaré, é apertado pela multidão que lhe seguia, estando esta sedenta pela Palavra de Deus (Lc 5.1). Após pregar-lhe a mensagem, o Senhor então ordena a Pedro que lance as redes do barco para pescar. Com isto, o pescador responde a Jesus o que vimos no versículo cinco, disposto acima.

Convém, agora, tratar sobre a primeira afirmação de Pedro, a saber, que Jesus é o “Mestre”. No grego, “epistates”, palavra que pode ser traduzida, em linhas gerais, como “comandante”, “mestre”, uma autoridade. Com isto, o pescador estava afirmando crer que Cristo era seu mentor, ensinador, guia e, acima de tudo, Senhor. Jesus, à época dos fatos, já ensinava as multidões, como demonstrado no parágrafo anterior, e sua autoridade e sabedoria eram reconhecidas pelo povo. Assim, não é de se admirar que Pedro tenha feito esta constatação.

Esta noção e certeza de que Cristo é nosso mestre é de suma importância para que tenhamos um cristianismo saudável, e um relacionamento íntimo com o Pai. Precisamos entender que, sendo Cristo o “Logos”, o Verbo encarnado, hoje Ele se faz presente e se revela a nós através de sua Palavra. O Deus Trino se explica diariamente aos seus filhos através de sua revelação especial, sua Palavra. O autor C. S. Lewis, em seu livro “Cristianismo Puro e Simples”, ensina que Deus é o alvo de nossas orações, mas também é quem nos motiva a orar e intercede por nós quando o fazemos. Da mesma forma, o Senhor é o ápice da revelação, mas também é quem nos motiva a buscá-lo e nos ensina o passo-a-passo de como fazê-lo. Ele é o foco, o guia, o professor. Ele é o Mestre.

Assim, então, partimos para a segunda afirmação de Pedro – “mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede”. Quanta confiança! Quanta fé! Quanta certeza na autoridade de Cristo! Vemos aqui a crença na infalibilidade da Palavra de Deus, sendo esta a fonte absoluta de Verdade, e que não há revelação especial além dela. Ainda, e esta é a parte que mais me ardeu o coração, observa-se que para Pedro, naquele momento, quando Cristo lhe dá uma ordem que foge às rédeas da lógica humana, ele simplesmente obedece, sem questionar ou indagar o “porquê”.

Esta certeza na autoridade de Deus é vista, de certa forma, no final do discurso do papa Urbano II, nos ditos do ano de 1.095 d.C., quando proclamou o brado que “justificou” e deu início à Primeira Cruzada, “Deus Vult!” (Deus o quer). E é exatamente esta certeza que precisamos ter ardente em nossos corações.

Não podemos ter medo de justificar nossas ações, quando pautadas na Palavra, com a expressão “Deus o quer”. Nossa luta contra o pecado, contra a imoralidade, contra o que é contrário à Lei de Deus não precisa de outra justificativa além do querer de Deus. Se Deus o quer, deve ser feito. Deve ser obedecido. Não nos cabe indagar o “porquê” de fazermos ou não fazermos tal coisa, quando pela Palavra Deus revela que é do seu desejado que tal aconteça.

Realizar e viver o querer de Deus, como vemos claro através de sua revelação especial, deve ser o desejo de todo cristão autêntico. Independente das indagações e perguntas, nossa certeza deve estar resguardada no simples “Deus vult: porque Deus assim o quer”.


por Daniel Rodrigues Kinchescki