Liberalismo Teologico
Teologia liberal
(ou liberalismo teológico) foi um movimento teológico cuja produção se deu
entre o final do século XVIII e o início do século XX. Relativizando a
autoridade da Bíblia, o liberalismo teológico estabeleceu uma mescla da
doutrina bíblica com a filosofia e as ciências da religião. Ainda hoje, um
autor que não reconhece a autoridade final da Bíblia em termos de fé e doutrina
é denominado, pelo protestantismo ortodoxo, de "teólogo liberal".
Oficialmente, a
teologia liberal se iniciou, no meio evangélico, com o alemão Friedrich
Schleiermacher(1768-1834), o qual negava essa autoridade e igualmente a
historicidade dos milagres de Cristo. Ele não deixou uma só doutrina bíblica
sem contestação. Para ele, o que valia era o sentimento humano: se a pessoa
"sentia" a comunhão com Deus, ela estaria salva, mesmo sem crer no
Evangelho de Cristo.
Meio século depois
de Schleiermecher, outro teólogo questionou a autoridade Bíblica, Albrecht
Ritschl (falecido em 1889). Para Ritschl, a experiência individual vale mais
que a revelação escrita. Assim, pregava que Jesus só era considerado Filho de
Deus porque muitos assim o criam, mas na verdade era apenas um grande gênio
religioso. Negou assim sistematicamente a satisfação de Cristo pelos pecados da
humanidade, Pregava que a entrada no Reino de Deus se dava pela prática da
caridade e da comunhão entre as pessoas, não pela fé em Cristo.
Ernst Troeschl
(falecido em 1923) foi outro destacado defensor do liberalismo teológico.
Segundo ele, o cristianismo era apenas mais uma religião entre tantas outras, e
Deus se revelava em todas, sendo apenas que o cristianismo fora o ápice da
revelação. Dessa forma, tal como Schleiermacher, defendia a salvação de
não-cristãos, por essa alegada "revelação de Deus" em outras
religiões.
Com base na
explicidade dos fatos e acontecimentos atuais, eu estimaria que a apostasia da
igreja hoje é provavelmente a maior crise teológica da história da Igreja.
Vivemos dias de uma apostasia universal nunca antes testemunhada.
"Ora, quanto à
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com Ele ... Ninguém de
modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a
apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição" (2 Tess
2:1-3)
Essa Crise
teológica da Igreja é consequência do progresso, durante séculos, da influência
da teologia liberal e seu uso da retórica grega na interpretação das
escrituras. Os teólogos liberais, diante dos mesmos paradoxos bíblicos que
Paulo, o apostolo, se referia como "mistérios de Deus", preferiram
criar respostas lógicas e racionais que os satisfizessem intelectualmente se
negando a aceitar as escrituras pela certeza da fé.
Um abismo chama a
outro abismo. O resultado do movimento liberalista nos seminários teológicos
pode ser observado nas denominações tradicionais americanas que promovem o
feminismo e o aborto na sociedade, atribuem autoridade espiritual ao alcorão
islâmico, apoiam casamentos gays e ordenam homossexuais ao pastorado, promovem
o ecumenismo e são favoráveis, em nome da paz no mundo, à criação de uma
religião universal.
A evidência de que
o foi a influência do liberalismo teológico a causa da apostasia na igreja está
nos dados dessas pesquisas abaixo:
Levantamento feito
e concluído pelo sociólogo Jeffrey Hadden entre os pastores nos EUA. Nessa
pesquisa dez mil pastores protestantes foram questionados. A pesquisa foi feita
em Maio de 1982 (7.441 dos pastores participaram) Os resultados foram
publicados em 1998 (1).
1. A Bíblia é a
Palavra inspirada e inerrante de Deus?
67% dos Batistas
Americanos* disseram: Não
82% dos
Presbiterianos disseram: Não
87% dos Metodistas
disseram: Não
95% de Episcopais
disseram: Não
* Há duas
Convenções Batistas nos EUA. Os Batistas do Sul (conservadores) e os
Batistas Americanos
(liberais)
2. Jesus nasceu de
uma virgem? (3)
Batistas Americanos
34% disseram: Não
Episcopais 44%
disseram: Não
Presbiterianos 49%
disseram: Não
Metodistas 60%
disseram: Não
Luteranos** 19%
disseram: Não
** Há duas
convenções luteranas nos EUA. A Igreja Luterana (liberais) e a Igreja Luterana
do Missouri (conservadores)
3. Jesus era o
filho de Deus?
Diante do receio
dos pastores em responder a essa pergunta os pesquisadores concederam anônimato
às suas denominações. O resultado liberado foi que mais de 80% dos ministros da
Igreja Batista Americana, Episcopal, Presbiteriana, Metodista e Luterana
responderam que "Não acreditam que Jesus era o filho de Deus" sem no
entanto especificar percentagens.
4. Você acredita na
ressurreição física de Jesus?
Luteranos: 13%
disseram: Não
Presbiterianos: 30%
disseram: Não
Episcopais: 35%
disseram: Não
Metodistas: 51%
disseram: Não
Em 2002 outra
sondagem (2) feita entre os clérigos da Igreja Anglicana descobriu que 27% não
acreditavam no nascimento virginal de Jesus. Os pesquisadores relataram:
"... um desses
pastores anglicanos em Hampshire foi típico ao afirmar:" Não há nada de especial
no nascimento de Jesus ou na sua infância, mas sua vida adulta foi
extraordinária...
John Roberts,
porta-voz da Lord's Day Observance Society, disse:
"Se você
retirar o nascimento virginal de Jesus, melhor então retirar toda a mensagem
cristã. O milagre da fé cristã é que Deus se encarnou e habitou entre nós. Se
você perde esse milagre, você perder a ressurreição e tudo mais".
Em uma pesquisa
feita pela Harris Polls em 1998 com alunos das 16 principais faculdades e
seminários evangélicos nos EUA, mais de 50% dos seminaristas entrevistados,
disseram que a Bíblia não deve ser tomada literalmente em matéria de ciência e
história. Mais de 30% dos estudantes de teologia disseram que há salvação fora
de Jesus Cristo. (6) Em 1999 uma pesquisa feita com padres católicos,
sacerdotes anglicanos, protestantes e pastores no Reino Unido revelou que 25%
não acreditam no nascimento virginal de Jesus. No entanto 97% do mesmo grupo
não acreditam que o mundo foi criado em seis dias, e 80% não acreditam na existência
literal de Adão e Eva.
A posição do povo é
diferente dos teólogos liberais e as denominações dirigidas por eles: (5)
Segundo Princeton
Survey Research Associates em pesquisas realizadas em 2004, cerca de 79% dos
americanos adultos acreditam no nascimento virginal 67% acreditam que a
história bíblica do nascimento de Jesus, que envolve o nascimento de uma
virgem, anjos, pastores, a estrela, magos, é historicamente precisa. Apenas 24%
disseram que a história bíblica "é uma invenção teológica escrita para
afirmar a fé em Jesus Cristo."
Em 2007 o Grupo
Barna em pesquisa apontou que 75% dos americanos acreditam que Jesus nasceu de
uma virgem. 53% de pessoas sem igreja e 15% de e agnósticos também acreditam no
nascimento virginal de Jesus. Mesmo entre aqueles que se descrevem como a
liberais em questões políticas e sociais, 60% acreditam no nascimento virginal.
A corrupção vem do
Norte e também de cima. O movimento teológico liberal no Brasil é perpetuado no
discurso de teólogos, professores de seminários, escritores e líderes de
influência que estão saindo do armário encorajados tanto pelo liberalismo
americano quanto pela onda da engenharia social no mundo. Estes líderes tem
como público alvo gente cansada da igreja evangélica atual e sutilmente apresentam
o liberalismo teológico como solução para o extremos do neopentecostalismo e a
teologia da prosperidade. Ninguém se deixe enganar, pois nesse caso o antídoto
é mais letal que o veneno.
***
Por : Wesley Moreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário