O sacerdote entrava no Santo dos Santos
amarrado a uma corda?
É muito comum ouvir em pregações, livros
evangélicos, sites da Internet é até mesmo em comentários bíblicos que os sumo
sacerdotes tinham uma corda atada a cintura por ocasião de sua entrada no Santo
dos Santos. O objetivo desse costume seria o de permitir o resgate do corpo do
sumo sacerdote caso fosse consumido pela ira divina, mas seria isso verdade?
A lenda da corda sacerdotal
Todd Bolen, professor de Estudos Bíblicos no
Israel Bible Extension do The Master’s College, Santa Clarita, Califórnia, USA,
afirma que é isso um mito. Ele destaca que esse costume “não é encontrado em
nenhuma fonte antiga, incluindo a Bíblia hebraica, o Novo Testamento, os
Manuscritos do Mar Morto, Flávio Josefo [historiador judeu do primeiro século],
os apócrifos, a Mishnah, o Talmude babilônico ou o Talmude de Jerusalém”.
Como é de costume, quando se fala do sacerdócio
Levítico, vem à tona a questão do sacerdote ser amarrado à cintura ou ao
tornozelo, em especifico no dia da expiação, para que, caso morresse no lugar
santíssimo ao se apresentar diante do Senhor que falava de sobre o
propiciatório de ouro, fosse então puxado para fora.
Por enquanto, ainda não foi localizada a fonte
original, mas aparentemente ele surgiu muito tempo depois da existência do
último templo judeu. A evidência bíblica e histórica indica que não havia
nenhuma corda, pelo menos não para uso comum.
O renomado Dr. WE Nunally , professor de
hebraico e judaísmo antigo, também diz o seguinte:
Pois bem, essa história, além de modificada, vem do Zohar,
um escrito judaico o qual surgiu na Espanha por volta do século XIII, cujo
conteúdo é extremamente MÍSTICO. Nele está escrito assim:
Uma corrente foi amarrada aos pés do Sumo Sacerdote
quando ele entrou no Santo dos Santos, de modo que, se ele morrer lá, eles o
tirarão, pois é proibido entrar lá. Como eles sabiam se ele estava vivo ou não?
Por uma tira de cor carmesim. Se sua cor não se tornasse branca, era conhecido
naquele tempo que o padre estava lá em pecado. E se ele saísse em paz, era
conhecido e reconhecido pela cinta carmesim que ficava branca… Se não… todos
sabiam que a oração deles não era aceita. Emor 102a
Todavia, a tal fonte vai totalmente na contramão do Texto
Bíblico pelo qual somos informados com todos os detalhes quais objetos o sumo
sacerdote teria que usar no ritual do perdão (Ex 28 e Lv 16). Ademais, o grande
comentarista do judaísmo, Flávio Josefo (37-103 d.C), não fala nada a respeito
da prática do livro místico, mesmo tendo sido sacerdote em Jerusalém
“A corda amarrando o sumo sacerdote é apenas
uma lenda. Ela tem origens obscuras na Idade Média e continua sendo ensinada.
Não é encontrado em qualquer lugar na Bíblia, nos Apócrifos , Manuscritos do
Mar Morto, Josefo, Talmud, Mishna, ou qualquer outra fonte judaica. Ela
simplesmente não existe!”.
A Fundação de Estudos Bíblicos (associado ao
Dallas Theological Seminary), da mesma maneira, reporta que suas pesquisas
classificaram a “corda ao redor do tornozelo, ou cintura, ou talvez o pé” como
lenda “para descansar.” Eles também apontam que Aaron estava a usar uma estola
azul, com sinos em sua bainha (Êxodo 28.31-35), quando ele entrou no Lugar Santo
(não é o Santo dos Santos) (Levítico 16:2-4). Quando ele entra no Santo dos
Santos, ele lava e veste roupas de linho especial, não o éfode com sinos. “Se
não houver a sinos para serem tocados, não há necessidade da corda.”
A Associação de Amigos Judeus Messiânicos
levanta pontos com relação à dificuldade de arrastar um sacerdote morto fora do
Santo dos Santos:
“Você só pode arrastar para fora o sacerdote,
se ele morreu no lugar Santo. Pela forma como as cortinas do templo foram
concebidas, o sacerdote não poderia ter sido arrastado para fora do Santo dos
Santos. O véu foi feito com muitas camadas de tecido. As cortinas eram
sobrepostas e faziam um pequeno labirinto através do qual o sacerdote caminhava
… “
Portanto caros e queridos irmãos e estudantes
da Bíblia fica aqui esta modesta observação, para que assim venhamos a condizer
com a responsabilidade que temos em ser mordomos dos valores divinos, servindo
ao nosso semelhante somente as riquezas da verdadeira revelação bíblica.
Segundo o historiador e a arqueólogo Bill Jones não há comprovação histórica, bíblica nem arqueológica.
Ministério Apologético
Segundo o historiador e a arqueólogo Bill Jones não há comprovação histórica, bíblica nem arqueológica.
Ministério Apologético
Muito bom meu Professor. Vivi este tempo todo achando isso...rsrss ... eé por isso que sofremos por falta de conheximento
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