De maneira
essencial e básica, os anjos bons são servos (Hb 1.14). Deus os enviou para
servir ou ajudar (diakonian) os salvos e, ao fazer isso, os anjos servem de
mensageiros sacerdotais (leitourgika pneumatata) no templo-universo do
Todo-poderoso.
I. Em relação a
Deus
Em relação a Deus,
seu ministério principal é louvar e adorar o Senhor.
1. Eles o louvam
(Sl 148.1-2; Is 6.3).
2. Eles o adoram
(Hb 1.6; Ap 5.8-13).
3. Eles se
regozijam com os seus feitos (Jó 38.6,7).
4. Eles o servem
(Sl 103.20; Ap 22.9).
5. Eles se
apresentam diante dele (Jó 1.6; 2.1).
6. Eles são
instrumentos do juízo divino (Ap 7.1; 8.2).
II. Em relação aos
tempos
Os anjos pareciam
estar especialmente ativos quando Deus instituiu uma nova era na história.
1. Eles se reuniram
para louvá-lo quando a Terra foi criada (Jó 38.6-7).
2. Estavam
envolvidos quando a Lei mosaica foi entregue (Gl 3.19; Hb 2.2).
3. Estavam ativos
na Primeira Vinda de Cristo (Mt 1.20; 4.11).
4. Estavam ativos
durante os primeiros anos da Igreja (At 8.26; 10.3-7; 12.11).
5. Estarão
envolvidos nos eventos relacionados à Segunda Vinda de Cristo (Mt 25.31; 1Ts
4.16).
III. Em relação ao
ministério de Cristo
A. Em seu
nascimento
1. Previsão.
Gabriel predisse o nascimento de Jesus (Mt 1.20; Lc 1.26-28).
2. Anúncio. Um anjo
anunciou o nascimento de Jesus aos pastores e foi acompanhado em seu louvor por
uma multidão de anjos (Lc 2.8-15).
B. Durante sua vida
1. Alerta. Um anjo
alertou José e Maria a que fugissem para o Egito, escapando, assim, da ira de
Herodes (Mt 2.13-15).
2. Direção. Um anjo
orientou a família para retornar a Israel após a morte de Herodes (Mt 2.19-21).
3. Ministração.
Anjos ministraram a Jesus após sua tentação no deserto (Mt 4.11) e seu conflito
no Getsêmani (Lc 22.43).
4. Defesa. Jesus
disse que havia legiões de anjos preparadas para defendê-lo se ele os chamasse
(Mt 26.53).
C. Após sua
ressurreição
1. Na pedra. Um
anjo rolou para longe a pedra que fechava a entrada do sepulcro de Jesus (Mt
28.1-2).
2. Anúncio. Anjos
anunciaram a ressurreição para as mulheres na manhã do domingo de Páscoa (Mt
28.5,6; Lc 24.5-7).
3. Ascensão. Anjos
estavam presentes na ascensão de Jesus (At 1.10-11).
D. Na Segunda Vinda
de Jesus
1. Arrebatamento. A
voz do arcanjo será ouvida no arrebatamento da Igreja (1Ts 4.16).
2. Segunda Vinda.
Os anjos vão acompanhá-lo na Segunda Vinda (Mt 25.31; 2Ts 1.7).
3. Juízo. Os anjos
vão separar o joio do trigo na Segunda Vinda (Mt 13.39-40).
IV. Em relação às
nações da Terra
A. Em relação à
nação de Israel
O arcanjo Miguel
guarda Israel de maneira especial (Dn 12.1).
B. Em relação às
outras nações
Os anjos protegem
governantes e nações (Dn 4.17) e procuram influenciar seus líderes humanos
(10.21; 11.1).
Eles estarão
envolvidos nos juízos de Deus durante os anos da tribulação vindoura (Ap
8,9,16).
V. Em relação aos
ímpios
1. Os anjos
anunciam os juízos iminentes (Gn 19.13; Ap 14.6,7; 19.17-18).
2. Os anjos
infligem o juízo divino sobre os ímpios (At 12.23; Ap 16.1).
3. Os anjos vão separar
os justos dos ímpios no fim dos tempos (Mt 13.39-40).
VI. Em relação à
igreja
A. Ministério
básico
Seu ministério
básico é servir os salvos (Hb 1.14).
B. Ministério geral
Os anjos estão
envolvidos na comunicação e na revelação do significado da verdade, da qual a
Igreja, hoje em dia, se beneficia (Dn 7.15-27; 8.13-26; 9.20-27; Ap 1.1;
22.6-8).
C. Ministérios
específicos
1. Pedidos de
oração. Levam as respostas das orações (At 12.5-10).
2. Salvação. Ajudam
nos esforços evangelísticos dos cristãos (At 8.26; 10.3).
3. Observação.
Observam as experiências, o trabalho e os sofrimentos dos cristãos (1Co 4.9;
11.10; Ef 3.10; 1Pe 1.12).
4. Encorajamento.
Incitam à coragem nas horas de perigo (At 27.23-24).
5. Presentes na
morte. Ministram aos justos na hora de sua morte (Lc 16.22).
Não sabemos com
certeza se os anjos continuam a operar de todas essas maneiras até hoje. Porém,
no passado eles ministraram dessas maneiras e podem muito bem continuar agindo
assim, mesmo que não estejamos cientes disso. Deus, claro, não é obrigado a
usar anjos, pois pode fazer tudo isso diretamente.
Porém, em muitas
ocasiões, aparentemente escolheu utilizar o ministério intermediário dos anjos.
Mesmo assim, o cristão reconhece que é o Senhor quem faz todas as coisas, seja
de forma direta, seja por intermédio de seus anjos (veja o testemunho de Pedro
reconhecendo que o Senhor o libertou da prisão, embora Deus tenha usado um anjo
para fazer isso — Atos 12.7-10 comparado com os versículos 11 e 17).
Talvez a inscrição
que vi, certa vez, em uma antiga igreja na Escócia sirva para mostrar bem esse
equilíbrio:
“O poder de Deus é
suficiente para nos governar; mesmo assim, para suprir as fraquezas do homem,
ele enviou seus anjos para cuidar de nós”. Provavelmente, a afirmação de que os
anjos observam a conduta dos remidos assusta-nos tanto quanto qualquer uma das
verdades acerca de seres angelicais. A razão de seu interesse por nós talvez
seja o fato de não poderem experimentar a salvação pessoalmente. Então, a única
maneira de ver os efeitos da salvação é observar o que ocorre com os seres
humanos que são salvos. A verdade é que fazemos parte de um “teatro”, em que o
mundo, os seres humanos e os anjos formam a plateia (1Co 4.9). Devemos
desempenhar bem nosso papel diante deles e de Deus, pois todas as coisas estão
descobertas e patentes aos seus olhos.
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