Escribas, os doutores da
lei
Com
o passar dos anos, na época de Jesus, os escribas, com suas interpretações da
Lei, já haviam montado uma espécie de “tradição” que andava paralela ao que
dizia a Palavra de Deus. Ela é mencionada na Bíblia como “tradição dos
Anciãos”. Eles fizeram uma espécie de “lei” paralela que eles mesmos escreveram
e que a atribuíam como sendo a vontade de Deus e da qual eram doutores. Veja um
exemplo: “Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois
não lavam as mãos, quando comem” (Mateus 15. 2). Lavar as mãos antes das
refeições foi uma “lei” incorporada na religião e na cultura pelos escribas por
“tradição”. Não há nenhuma lei na Bíblia mencionando essa obrigatoriedade.
Diversas
“tradições” desse tipo foram sendo incorporadas na religião judaica e na
cultura, o que fez com que Jesus se dirigisse aos escribas de forma dura, pois
eles haviam se desviado da sua verdadeira função: “Na cadeira de Moisés, se
assentaram os escribas e os fariseus (…) Atam fardos pesados e difíceis de
carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com
o dedo querem movê-los” (Mateus 23. 2, 4)
Por
fim, tiveram papel fundamental, junto com os fariseus, no martírio de Jesus
Cristo, tramando planos para matá-lo devido a não concordarem com sua
autoridade: “Dali a dois dias, era a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos; e os
principais sacerdotes e os escribas procuravam como o prenderiam, à traição, e
o matariam” (Marcos 14:1).