quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Escribas, os doutores da lei


Escribas, os doutores da lei
Com o passar dos anos, na época de Jesus, os escribas, com suas interpretações da Lei, já haviam montado uma espécie de “tradição” que andava paralela ao que dizia a Palavra de Deus. Ela é mencionada na Bíblia como “tradição dos Anciãos”. Eles fizeram uma espécie de “lei” paralela que eles mesmos escreveram e que a atribuíam como sendo a vontade de Deus e da qual eram doutores. Veja um exemplo: “Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos, quando comem” (Mateus 15. 2). Lavar as mãos antes das refeições foi uma “lei” incorporada na religião e na cultura pelos escribas por “tradição”. Não há nenhuma lei na Bíblia mencionando essa obrigatoriedade.
Diversas “tradições” desse tipo foram sendo incorporadas na religião judaica e na cultura, o que fez com que Jesus se dirigisse aos escribas de forma dura, pois eles haviam se desviado da sua verdadeira função: “Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus (…) Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los” (Mateus 23. 2, 4)
Por fim, tiveram papel fundamental, junto com os fariseus, no martírio de Jesus Cristo, tramando planos para matá-lo devido a não concordarem com sua autoridade: “Dali a dois dias, era a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos; e os principais sacerdotes e os escribas procuravam como o prenderiam, à traição, e o matariam” (Marcos 14:1).

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