sábado, 1 de setembro de 2018

Acerca do Divórcio


Acerca do adultério e do divorcio
Mateus 5. 27-32

27  Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
28  Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.
29  Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
30  E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
31  Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de desquite.
32  Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.

Qualquer que repudiar sua mulher... 5.32. O matrimonio não é uma conveniência social inventada pela humanidade para preencher uma necessidade ou condição temporárias, e, portanto, para ser revisado ou abandonado conforme os caprichos de qualquer homem, ou grupos de homens. O matrimonio foi instituído por Deus altíssimo e a sua relação com a raça humana é tal que não pode modificar, nem a parte considerada mais insignificante, sem graves consequências. “Não tendes lidos que o criador desde o princípio os fez homem e mulher, e que disse: por esta causa deixara o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que não são mais dois, porem uma só carne. “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” Cap 19.3-6
Acerca do divórcio, Cristo disse mais: Moises, pela dureza de vossos corações, vos permitiu repudiar as vossas mulheres, mas no princípio não foi assim. Eu porém vos declaro que todo aquele que repudiar sua mulher, se não é por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério, e o que casar com a que outro, repudiou comete adultério. Cap 19.8,9 (bíblia de Jerusalém), citamos a versão de figueiredo por que é mais precisa, usando a palavra “fornicação”, desfazendo a suposição de muitos crentes, de que um dos cônjuges tem direito de repudiar o outro somente por causa de infidelidade.
Para compreender isto devemos notar como as escrituras distinguem entre a fornicação e o adultério.
“Porque do coração é que saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios (gr moicheia), as fornicações (gr porneia). “Mas as obras da carne estão patentes; como são a fornicação (gr porneia), a impureza (adultério, gr moicheia”) Mt 15,19.
Nem os fornicários (gr pornos), nem os idolatras, nem os adúlteros (gr moichos)... hão de possuir o reino de Deus. Gl 5.19.
Porque Deus julgara os fornicários (gr pornos) e os adúlteros (gr moichos) 1Co 6.9,10 – Obs Hb 13.4
Cristo não disse que a lei de Moises concedia o direito de divórcio, por causa de adultério (moicheia). Ele disse: “quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação (porneia) e casar com outra comete adultério (moicheia).
Se o homem depois de casar-se, achasse que a mulher não era virgem, podia repudiá-la. Compare-se os cap. Mt 5.32; 19.9 com Dt 24.1. Mas se ela era virgem, não poderia repudiá-la enquanto vivesse, Dt 22.13-22. A lei de Moises concedia o direito, de divórcio no caso de formicação; mas não de adultério; os adúlteros morreram apedrejados, Lev 20.10. Note-se: A fornicação é o pecado de pessoas não casadas, com pessoas casadas ou não. O adultério é o pecado de pessoas casadas ou não com outras que não são seus próprios cônjuges.
Mesmo no caso de um dos cônjuges descobrir que o outro foi infiel, seria melhor perdoa-lo do que repudiá-lo Mt 6.14,15.
As leis civis, sobre o divórcio, nunca podem substituir ou invalidar os deveres dos crentes diante de seu Deus.
O amor conjugal, entre os crentes sinceros, é um mandamento divino (Ef 5.22-23; 1Pe 3.1-9), não um capricho como entre os mundanos.
A questão do divórcio, quando um dos cônjuges não é crente, é ventilada em 1 Co 7.10-17. Se aquele que não é crente exigir a separação, o crente pode ceder. Mas a atitude do crente deve ser sempre a de ganhar seu companheiro para Cristo; nunca pode tomar a iniciativa na separação. No caso de se separarem, porém, a palavra é clara, que o crente não tem direito de casar-se com outrem; “que não se case”, 1Co 7.11.


Orlando Boyer
Fonte.

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