terça-feira, 5 de dezembro de 2017

AS CINCO OFERTAS DO TABERNÁCULO

Fatos a Respeito das Cinco Ofertas


1- Foram ordenadas ainda que eram voluntárias.
2- Todas, exceto a de manjares, tinham sangue.
3- Todas, exceto a de manjares, eram expiatórias.
4- O sangue derramado era um sacrifício, a entrega de uma vida, uma substituição.

As Cinco Ofertas em Ordem

1 - O holocausto - (com sangue) 1.1-17 e 6.8-13.
2 - A oferta de manjares - (sem sangue) 2.1-16; 6.14-23.
3 - A oferta pacífica - (com sangue) 3.1-17; 7.11-34; 19.5-8; 22.21-25.
4 - A oferta pelo pecado - (com sangue) 4.1-35; 6.24-30.
5 - A oferta pela culpa - (com sangue) 5.14-19; 7.1-17. Cristo como holocausto - Pela perfeita obediência até a cruz.

Significação das  Ofertas

1  - Holocausto - consagração pessoal.
2 - Manjares - Consagração dos bens.
3 - Pacífica - Comunhão com Deus.
4 - De Pecado - Perdão.
5 - De Culpa - Restituição.

A Oferta de Holocausto (Lv 1.1-17; 6.8-13; 7.8)

Era diferente das outras quatro, porque nela a carne da vítima era toda queimada. Representa a consagração pessoal.
As Quatro Qualidades de Animais
No holocausto eram permitidas quatro espécies de animais: a)novilho, b)carneiro, c)bode, d)aves.

Fala do corpo de Cristo apresentado a Deus como uma vida perfeita

A Oferta de Manjares (Lv 2.1-16; 6.14-23; SI 16)

É diferente das outras quatro em cinco pontos:
a) Não era uma vida.
b) Não tinha sangue.
c) Não recebia imposição de mãos.
d) Não havia substituição.
e)  Não era pelo pecado.
Por a mão na cabeça representava identificação do ofertante com a vítima. Na oferta de manjares, não havia substituição do culpado por um inocente.
Esta oferta representa a consagração dos bens. Era um presente, uma dádiva de gratidão a Deus.
Consistia em alimentos: flor de farinha, óleo, sal e espigas tostadas. Junto com estes vinha o incenso. Não era uma coisa rara, mas uma substância que todos podiam ter em casa.

A Oferta Pacífica (Lv 3.1-17; 7.11-34; SI 85)

Diferente de todas as outras, porque nela o ofertante comia uma parte. Na de holocausto tudo era queimado para Deus. Nas outras três, o sacerdote tirava uma parte para si e seus filhos.
Representa a oferta pacífica - a comunhão com Deus e uns com os outros.
Nesta oferta podia ser trazido para sacrifício:
- um novilho ou novilha (3.1-5);
- um cordeiro (3.6-11); - uma cabra (3.12-16).
Não era permitido o sacrifício de pombos, como na do holocausto.

A Oferta pelo Pecado (Lv 4.1-35; 5.1-13; 6.24-30; SI 22; 2 Co 5.21)
Diferenças entre a oferta de pecado e de culpa:
O pecado aqui significa impureza, fraqueza, condição. A culpa é um ato, uma dívida. O pecado é a natureza má, a culpa, o erro. O pecado torna o pecador rejeitado por Deus pelo que é.
A culpa pelo que ele faz. Em Isaías 41.24 Deus diz:
A oferta de pecado é pelo que ele é, e deseja ser salvo.
Quem recusa trazer a oferta de pecado, tem um pecado deliberado. (decidido)

A Oferta de Culpa (Lv 5.14-16; 6.7; 7.1-7; SI 69)

Cumprindo a oferta de culpa é que Jesus é chamado Cor­deiro.
No holocausto podia haver quatro animais a escolher; na pacífica, era gado ou gado miúdo, macho ou fêmea; na oferta pelo pecado, era oferecido uma cabra, mas pela culpa, só "um carneiro sem mancha". Jesus foi apresentado como "...o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" 



sábado, 7 de outubro de 2017

O que é o ósculo santo?

O que é o ósculo santo, uma observação cultural ou mandamento de Jesus?

Cultura é como uma lente através do qual o homem vê o mundo. É a percepção daquilo que é real, e qual é a realidade do mundo. É o modo de ver o mundo, é o sistema de crença que reflete os comportamentos e valores de um povo.

INTRODUÇÃO:
O ósculo santo (em latim: osculum pacis), chamado também de beijo da paz, foi uma forma de saudação usada por Jesus Cristo e seus discípulos, pela ação de beijar a face mutuamente, não somente em regiões onde esse era um costume habitual, mas também entre os cristãos de Roma.

Embora algumas denominações ensinem que ósculo santo era um toque terno e rápido dos lábios cerrados, praticado entre o sexo oposto na fé em Cristo, pelo que se observa atualmente entre a população do Oriente, o ósculo santo consistia em um beijo na face.
  
O apóstolo Paulo não descreveu os detalhes desta saudação, de modo que desse a entender o modo como era procedida com exatidão. Se somente entre pessoas do mesmo sexo ou não. Se na face ou toque de lábios. Ele, entretanto, recomendou aos fiéis da cidade de Corinto, Roma e aos de Tessalônica que saudassem uns aos outros com ósculo santo. O apóstolo Pedro também recomenda a prática em sua epístola aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia (segundo I Pedro) conforme podemos notar nos seguintes trechos bíblicos:

«(...) Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo.» (I Coríntios 16:20)
«Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo.» (II Coríntios 13:12)
«Saudai a todos os irmãos com ósculo santo.» (I Tessalonicenses 5:26)
«Não me deste ósculo, mas esta (mulher pecadora), desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés.» (Lucas 7:45)
«Saudai-vos uns aos outros com ósculo de amor. Paz seja com todos vós que estais em Cristo.» (I Pedro 5:14)
«Saudai-vos uns aos outros com santo ósculo. As igrejas de Cristo vos saúdam.» (Romanos 16:16)

Texto bíblico: Romanos 16:16
“Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Todas as igrejas de Cristo vos saúdam”. Ósculo é beijo. A ordem aqui é que os membros das igrejas de Cristo saúdem uns aos outros com beijo. Para muitas pessoas esse texto é uma afronta contra a masculinidade. Será?
1. Por que o apóstolo Paulo ordena saudar com ósculo santo?
2. Por que o Espírito Santo incluiu tal imperativo na Bíblia?
3. Por que é importante estudar sobre ósculos santos?

I. UM PRINCÍPIO NÃO PODE SER ALTERADO OU NEGLIGENCIADO – Romanos 16:16
1. Um princípio transcultural presente no texto: “Saudai-vos uns aos outros”. A igreja é composta de pessoas que se amam, ou deveriam amar-se; por isso, a saudação e o cumprimento entre os membros são essenciais. Saudar uns aos outros não é opção, é uma ordem bíblica universal, transcultural. Um mandamento, uma ordem divina é um princípio.
2. Um princípio não deve ser alterado ou ignorado: Todo princípio bíblico é útil para o desenvolvimento e a sustentação da igreja. O princípio da saudação não deve ser jamais ignorado, deve sempre ser observado por cada membro do corpo de Cristo. Saudar uns aos outros é um preceito da mutualidade cristã.

II.  UM COSTUME LIGADO AO PRINCÍPIO PODE VARIAR COM O TEMPO E A CULTURA – Romanos 16:16
1. Um costume presente no texto com um significado teológico: “Saudai-vos... com ósculo...” Na sinagoga e posteriormente na igreja cristã a saudação era os homens beijando homens na face e mulheres beijando mulheres. O beijo era utilizado na época para evidenciar o amor cristão na comunidade. O amor é a essência do caráter de Deus, e, a característica principal de quem O conhece.
2. Um costume pode variar segundo a cultura, mas o emblema da saudação deve existir: Saudar com ósculo é uma das maneiras de saudar, a qual pode variar de cultura para cultura. Enquanto que a ordem é universal (“saudai-vos”), a forma, porém, é cultural. Dependendo da cultura a saudação é com beijos, abraços, apertos de mãos, inclinação do corpo para frente, etc. Não importa a forma, sempre devemos expressar atenção e simpatia uns aos outros em todos os lugares.

III. UM EMBLEMA DE AMOR SANTO DEVE CARACTERIZAR TODAS AS IGREJAS DE CRISTO – Romanos 16:16
1. A saudação cristã deve ser sincera: A igreja deve se caracterizar pelo amor, carinho e atenção de uns para com outros. Desta forma, esse amor cristão pelas pessoas é o que nos impulsiona a cumprimentá-las com sinceridade. O cristão não é frio, indiferente e desatento, pois uma fervorosa comunhão cristã caracteriza o amor de Cristo no coração.
2. A saudação deve ser santa para simbolizar o amor de Cristo compartilhado: O beijo jamais deveria ser malicioso, mas santo. A saudação não deve ser hipócrita, pois desta forma falsifica o amor de Cristo. Nunca deve haver fingimento na saudação, mas interesse genuíno em compartilhar o amor de Cristo uns aos outros sempre. Independente da forma emblemática, a saudação deve ser de profunda afeição cristã.

CONCLUSÃO:
1. A saudação é um princípio universal que deve ser praticada em todas as igrejas de Cristo: Embora a maneira de saudar seja cultural, o princípio é o mesmo: “Saudai-vos uns aos outros”. Todo cristão deve ser atencioso e caloroso no trato de uns para com outros em todo e qualquer lugar, seja no mercado, na rua, no trabalho, na escola ou na igreja.
2. O ósculo santo é o emblema do princípio da saudação que deve ser alterado conforme a cultura: Em alguns países causa escândalo dar beijos, pois existem outras formas de cumprimentar-se. Embora o emblema varie com o tempo e a cultura, praticá-lo sem malícia e sinceridade é a maneira de viver o princípio descrito no texto.
3. A saudação prática deve fazer parte da vida de cada membro da igreja de Cristo no mundo inteiro: A saudação do cristão, além de ser verbal, deve ser visível e palpável. Desta forma, o mundo inteiro verá evidências do amor de Cristo presente na Sua igreja.

APELO:
1. Saúdem uns aos outros olhando nos olhos expressando sincera atenção.
2. Saúdem uns aos outros com um forte abraço ou um singelo aperto de mão.

3. Saúdem uns aos outros demonstrando profundo o amor fraternal que vem do Céu.


Schüler, Arnaldo. Dicionário Enciclopédico de Teologia, verbete osculum pacis. Editora da ULBRA, 2002.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Monte Hermom

A palavra Hermom significa SANTUÁRIO.

Qual o mistério do Monte Hermom? Por que ele é comparado com a união fraternal dos irmãos? O que há de tão especial neste monte? Porque o salmista o situou como lugar de bênçãos e vida eterna? “É COMO O ORVALHO DO HERMOM, QUE DESCE SOBRE OS MONTES DE SIÃO. Ali, ordena o SENHOR a sua bênção e a vida para sempre." [Vs. 3].

Precisamos conhecer um pouco de geografia para entendermos a simbologia deste monte empregado pelo salmista Davi.
O Monte Hermom tem mais ou menos 30 quilômetros de extensão se destacando majestosamente entre os outros montes, exibindo seus 2.814 metros de altitude. Se mantém coberto de gelo do meio para cima quase o ano inteiro. Na sua encosta em meio à rocha brota água pura, que ligada com outras vertentes formam o reconhecido rio Jordão.


Este monte está localizado no extremo norte de Israel, que é uma região muito seca e desértica. É um dos picos mais altos da região. Por estar constantemente coberto de neve, também é chamado por “Monte Grisalho” “Montanha Nevada” “Montanha sagrada” “Pico de montanha” “O que pode ser visto de longe.” “Monte nevado” “O orvalho que desce dele” “Os olhos de Israel” “Esplendor.”

Este monte é um ponto turístico muito visitado no inverno, proporcionando muito lazer com suas pistas de esqui. A neve que o cobre pode ser vista a muitos quilômetros de distância.

O Monte Hermom uma bênção para a região de Israel. Possui neve em seu cume o tempo todo e o solo da nação é alimentado pelas águas derretidas que escorrem pela superfície ou pelas suas entranhas, formando rios e lençóis de água, fertilizando a região. “É como o orvalho do Hermom, QUE DESCE sobre os montes de Sião..." [Vs. 3].

O Monte Hermom catalisa as correntes secas e úmidas vindas do Mediterrâneo provocando a precipitação do orvalho em áreas mais próximas e chuvas abundantes em regiões mais distantes.

A condensação de vapores noturnos destas águas produz um orvalho abundante que banha e sustenta rios e córregos, principalmente o principal rio da região, conhecido como Jordão.

A neve que se derrete forma as principais nascentes do rio Jordão ao pé do Monte Hermom, proporcionando fertilidade contínua.

O rio Jordão origina de quatro pequenos rios, cuja cabeceira de três deles se encontra no Monte Hermom.

Barreighit - é o único cujas fontes não estão no Hermom;
Hasbani - o mais longo (40 km de extensão);
Ledam – o mais volumoso;
Banias – o mais oriental e mais curto (8 km de extensão).

Jordão significa “aquele que desce” ou também lugar “onde se desce.”

O rio Jordão nasce na encosta do Monte Hermom, na Jordânia, e é uma das maiores fontes de águas de Israel. Corta a região de norte a sul, passando pelo Mar da Galiléia. Também dito como (Mar de Tiberíades e Lago de Genesaré).

O rio Jordão termina o seu percurso no Mar Morto, onde nenhum banhista corre o risco de afundar, devido à grande quantidade de sal acumulado.

O Mar Morto tem mais de oitenta quilômetros de comprimento, e contém uma concentração de sal dez vezes mais que qualquer oceano. Se jogarmos um peixe nestas águas, ele morre imediatamente.

O Jordão é muito conhecido por nome, porque foi nele que o Senhor Jesus Cristo foi batizado por João Batista.

Este rio delimita grande parte da fronteira entre Israel e Jordânia.

As suas margens estão sempre verdes e repletas de plantações. O verde termina onde as irrigações de águas terminam. Então a paisagem muda de cor bruscamente por causa do forte calor da região.

O rio Jordão corre entre os vales rochosos, e sua profundidade máxima é de 5,20 metros, e a largura máxima de 18,30 metros, e o comprimento de 190 km, formando o vale do Jordão. Suas águas são muito aproveitadas para a agricultura, tanto para Israel como para Jordânia.

O rio Jordão é o único rio do mundo que segue o seu curso abaixo do nível do mar; em alguns trechos chegando a 390 metros.

Ele segue seu curso entre duas cordilheiras ricas em ferro e cobre, possibilitando mão de obra para a região.

No Mar da Galiléia, por onde ele passa, existem indústrias pesqueiras para consumo da região e até mesmo para exportação.

Os agricultores aproveitavam as cheias anuais do rio Jordão para o plantio. O rio transborda por causa do degelo das neves do Monte Hermom.

A irrigação com as águas do rio Jordão é fundamental para a agricultura de Israel. Hoje é possível a canalização destas águas por todo o país.

No vale do rio Jordão, estão localizadas várias empresas rurais dedicadas ao comércio de verduras e frutas. Através da irrigação, eles cultivam o trigo, canola de pendão amarelo, abacate, manga, laranja e outros frutos. Também existem muitos lagos de criação de peixes.

Se não houvesse orvalho de Hermom não existiria o rio Jordão que leva riqueza por toda a extensão de Israel. “É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião..." [Vs. 3].

O orvalho cai do céu como um refrigério para a terra seca e cansada, preservando toda a vegetação durante os longos períodos de estio. “O Norte e o Sul, tu os criaste; o Tabor e O HERMOM exultam em teu nome.” [Salmo 89:12].


sábado, 26 de agosto de 2017

A morte de Jesus. Veja como ele Sofreu. – Açoite

A morte de Jesus. Veja como ele Sofreu. – Açoite


O soldado romano dá um passo à frente com o flagrum (açoite) em sua mão. Este é um chicote com várias tiras pesadas de couro com duas pequenas bolas de chumbo amarradas na pontas de cada tira. o pesado chicote é batido com toda força contra os ombros, costas e pernas de Jesus. Primeiramente as pesadas tiras de couro cortam apenas a pele. Então, conforme as chicotadas continuam, elas cortam os tecidos debaixo da pele, rompendo os capilares e veias da pele, causando sangramento, e finalmente estraçalhando todo o corpo de Jesus. Os soldados romanos revesavam-se entre se, para não se cansar de bater no nosso Senhor Jesus. O castigo de Jesus foi muito severo, cruel e de uma brutalidade incalculável.

As pequenas bolas de chumbo primeiramente produzem grandes, profundos hematomas, que se rompem com as subseqüentes chicotadas. Finalmente, a pele das costas está pendurada em tiras e toda a área está uma irreconhecível massa de tecido ensangüentado. Então, quando Jesus está à beira da morte o espancamento é encerrado.
Então, Jesus, quase desmaiando é desamarrado, e lhe é permitido cair no pavimento de pedra, molhado com Seu próprio sangue. Os soldados romanos vêm uma grande piada neste Judeu (Jesus), que se dizia ser o Rei. Eles atiram um manto sobre os seus ombros e colocam um pau em suas mãos, como um cetro. Eles ainda precisam de uma coroa para completar a cena. Um pequeno galho flexível, coberto de longos espinhos é enrolado em forma de uma coroa e pressionado sobre Sua cabeça. Novamente, há uma intenso derramamento de sangue, porque forçaram a coroa de espinho sobre sua cabeça, perfurando a pele em larga espessura.
Após zombarem dele, e baterem em sua face, tiram o pau de suas mãos e batem em sua cabeça, fazendo com que os espinhos se aprofundem em sua cabeça ainda mais. Finalmente, cansado de fazer chacotas, o manto é retirado de suas costas. O manto, por sua vez, já havia aderido ao sangue e grudado nas feridas. Como em uma descuidada remoção de uma atadura cirúrgica, sua retirada causa dor torturante. As feridas começam a sangrar como se ele estivesse apanhando outra vez.
Imagine a dor de Jesus, você já se colocou no lugar dele?
A Cruz
Em respeito ao costume dos judeus, os romanos devolvem a roupa de Jesus. A pesada barra horizontal da cruz á amarrada sobre seus ombros, e a procissão do Cristo condenado, dois ladrões e o destacamento dos soldados romano para a execução, encabeçado por um centurião, começa a vagarosa jornada até o Gólgota. Apesar do esforço de andar ereto, o peso da madeira somado ao choque produzido pela grande perda de sangue, é demais para Jesus. Ele tropeça e cai. As lascas da madeira áspera rasgam a pele dilacerada e os músculos de seus ombros. Ele tenta se levantar, mas os músculos humanos já chegaram ao seu limite.
O centurião, ansioso para realizar a crucificação, escolhe um observador, Simão, um Cirineu, para carregar a cruz. Jesus segue ainda sangrando, com o suor frio de choque. A jornada é longa até Gólgota. O Jesus é despido - exceto por um pedaço de pano que era permitido aos judeus.
A Crucificação de Jesus
A crucificação começa: Jesus é oferecido vinho com mirra. Jesus se recusa a beber. Simão é ordenado a colocar a barra no chão e Jesus é rapidamente jogado de costas, com seus ombros contra a madeira. O legionário procura a depressão entre os ossos de seu pulso. Ele bate um pesado cravo de ferro quadrado que traspassa o pulso de Jesus, entrando na madeira. Rapidamente ele se move para o outro lado e repete a mesma ação, tomando o cuidado de não esticar os ombros demais, para possibilitar alguma flexão e movimento. A barra da cruz é então levantada e colocada em cima do poste, e sobre o topo é pregada a inscrição onde se lê: "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus".
O pé esquerdo agora é empurrado para trás contra o pé direito, e com ambos os pés estendidos, dedos dos pés para baixo, um cravo é batido através deles, deixando os joelhos semi-dobrados.
Jesus agora é crucificado. Enquanto ele cai para baixo aos poucos, com mais peso nos cravos nos pulsos a dor insuportável corre pelos dedos e para cima dos braços para explodir no cérebro – os cravos nos pulsos estão pondo pressão nos nervos medianos. Quando ele se empurra para cima para evitar este tormento de alongamento, ele coloca seu peso inteiro no cravo que passa pelos pés. Novamente há a agonia queimando do cravo que rasga pelos nervos entre os ossos dos pés.
Neste ponto, enquanto os braços se cansam, grandes ondas de cãibras percorrem seus músculos, causando intensa dor. Com estas cãibras, vem a dificuldade de empurrar-se para cima. Pendurado por seus braços, os músculos peitorais ficam paralisados, e o músculos intercostais incapazes de agir. O ar pode ser aspirado pelos pulmões, mas não pode ser expirado. Jesus luta para se levantar a fim de fazer uma respiração. Finalmente, dióxido de carbono é acumulado nos pulmões e no sangue, e as cãibras diminuem. Esporadicamente, ele é capaz de se levantar e expirar e inspirar o oxigênio vital. Sem dúvida, foi durante este período que Jesus consegue falar as sete frases registradas:
Jesus olhando para os soldados romanos, lançando sorte sobre suas vestes disse: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. " (Lucas 23:34)
Ao ladrão arrependido, Jesus disse: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso." (Lucas 23:43)
Olhando para baixo para Maria, sua mãe, Jesus disse: “Mulher, eis aí teu filho.” E ao atemorizado e quebrantado adolescente João, “Eis aí tua mãe.” (João 19:26-27)


segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Pr. Hernandes Dias Lopes sobre tatuagens

Não piche seu corpo, diz Hernandes Dias Lopes sobre tatuagens

O tema divide opiniões entre líderes religiosos, muitos criticam e outros acreditam que não há importância em ter piercings ou tatuagens no corpo.

O pastor Hernandes Dias Lopes usou o Facebook para mostrar sua opinião a respeito de tatuagens e piercings, dizendo que o corpo é templo do Espírito Santo e que por isso não deve ser “pichado”.
“Não piche seu corpo, ele é templo do Espírito Santo”, escreveu ele no título da mensagem. Conhecido e respeitado em todo o Brasil, o líder da Igreja Presbiteriana de Vitória explica seu posicionamento sobre o tema lembrando o sacrifício de Cristo na cruz.
“Sem entrar no mérito da origem e da filosofia que estão por trás dessas práticas, vale destacar que o nosso corpo não nos pertence. Ele foi comprado pelo sangue de Cristo e devemos glorificar a Deus no nosso corpo”, disse.
“O nosso corpo é o santo dos santos onde o Espírito Santo habita. O que é relevante não é você fazer uma tatuagem de Cristo no peito, mas ter peito para viver para a glória de Jesus no mundo. Não piche o templo do Espírito Santo!”
O tema sempre foi polêmico e divide a opinião entre pastores e líderes evangélicos. Para Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, a tatuagem é “uma coisa satânica”, mas para o pastor Silas Malafaia trata-se apenas de um “costume social”.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

O que aconteceu depois da abertura do Mar Vermelho


Estudos Bíblicos • História Judaica
O que aconteceu depois da abertura do Mar Vermelho

Escrito por Editora e Livraria Sêfer
Não foi fácil para Moisés conseguir afastar o povo da praia do milagre.

Moisés tinha que tirar o povo de perto do Mar Vermelho, onde o milagre da travessia havia sido vivenciado. A conjugação de uma palavra específica no texto bíblico indica-nos a relutância do povo em se afastar do local do grande milagre:

“E fez partir Moisés a Israel do Mar Vermelho, e saíram ao deserto de Sur.”

Êxodo 15:22

A expressão “fez partir” demonstra com clareza que Moisés teve que levá-los contra sua vontade.

O povo de Israel estava assombrado e impressionado com a força do evento que acabara de viver: o mar sendo partido ao meio para que seus integrantes pudessem atravessá-lo, fechando-se em seguida para impedir a passagem dos egípcios que os perseguiam. E na beira da praia, diante do mar que o havia salvo e da armada egípcia que se afogava, o povo estava assombrado, e seu assombro se transformou em um canto: o Cântico do Mar (Êxodo 15:1-21). E mesmo assim surgiram problemas e reclamações, incompreensíveis no contexto das maravilhas que haviam ocorrido.

A leitura do ocorrido apenas aumentará nosso espanto:

“E andaram três dias pelo deserto e não acharam água.
E vieram a Mará e não puderam beber as águas de Mará porque eram
amargas … e queixou-se o povo a Moisés dizendo: Que beberemos?”

Êxodo 15:22-24

A questão que surge da leitura do episódio das águas amargas (e do episódio da falta de comida logo a seguir) possui dois aspectos: um referente a Deus e outro ao povo de Israel.

O primeiro aspecto é saber porque Deus dificultou a vida do povo. Por que Ele, o Todo-poderoso, que mostrou ao povo Seu completo domínio sobre a natureza através das dez pragas do Egito e da abertura do Mar Vermelho, não forneceu água sem criar empecilhos? Por que esperou que fossem assolados pela sede e pelas reclamações naturalmente decorrentes? Este povo não havia sofrido o suficiente? Para que criar uma nova situação de tensão se havia chegado a hora da redenção?

Por outro lado, o comportamento pessimista e precipitado do povo também nos causa espanto. Ele tinha acabado de presenciar a derrota total de seus inimigos egípcios e a destruição da terra de seu cativeiro, e ainda tinha vivenciado o milagre da travessia do Mar Vermelho, o qual deu à sua fé um brilho comparável ao do cristal puro, tanto que a própria escritura testemunha que “viu Israel o grande poder que exerceu o Eterno sobre os egípcios e temeu o povo ao Eterno e creram no Eterno e em Moisés, seu servo” (Êxodo 14:31). Portanto, é surpreendente que tal fé tenha-se volatilizado com o primeiro contratempo que atingiu o povo. Mais grave ainda é a forma como o povo expressou sua nostalgia pelos prazeres do Egito durante o episódio do maná:

“Quando estávamos sentados junto às panelas de carne,
quando comíamos pão a fartar; e foste nos trazer a este deserto
para matar toda esta congregação com a fome.”

Êxodo 16:3

Por que motivo o povo encarava o futuro de modo pessimista? Por que ele não se lembrou, baseado no que acabara de ocorrer, que Deus, ao menos nesta fase, encontrava-se ao seu lado e lhe estenderia a salvação no devido momento? Qual seria a razão das reclamações e lamentos?

Estamos nos estendendo propositadamente nas questões acima, pois na história destas reclamações e nos episódios da água amarga e do maná, oculta-se toda a verdade bíblica e a visão desta sobre o papel do homem no mundo. A chave para a compreensão encontra-se no seguinte versículo:

“E clamou ao Eterno e mostrou-lhe o Eterno uma árvore,

e jogou-a nas águas e adoçaram-se as águas.

Ali deu-lhe (Deus ao povo) estatutos e leis, e ali o provou.”

Êxodo 15:25

Um versículo construído de forma estranha, pois trata de três assuntos aparentemente sem relação entre si. O primeiro é a transformação da água salgada em água doce por meio de um tronco de árvore, o segundo é o anúncio da aplicação de alguma lei sobre o povo, e o terceiro é introduzido por uma única palavra que fala sobre algum tipo de prova à qual o povo foi submetido.

Apesar de aparentemente estranha, a união destes três assuntos em um único versículo é um indício de que estão interligados. Entendemos assim que a dessalinização das águas depende de algum modo de estatutos e leis que, por sua vez, dependem de algum tipo de prova cuja natureza devemos decodificar.

Qual o significado bíblico do verbo “provar” e qual seu sentido neste contexto? A resposta nos é fornecida pelo Rabino Hirsch:

“Provar, experimentar, testar e também exercitar: todo exercício é uma tentativa de solucionar algum problema que ainda não tenha sido total ou satisfatoriamente resolvido. Como, por exemplo, na luta entre David e Golias descrita em I Samuel 17:39, quando David retira de seu uniforme a espada, pois não exercitou-se em seu uso: ‘Não posso andar com isto pois nunca a usei (experimentei)’. Neste versículo e ao longo de toda a caminhada no deserto, podemos interpretar a palavra ‘provou’ com o seguinte sentido: ‘Deus quis exercitar seu povo na observância de seus mandamentos, através das experiências a que o submeteu’.”

As águas amargas com as quais o povo se deparou no deserto não foram nada mais do que um teste pelo qual este deveria passar. Tal teste destinava-se a avaliar a consistência de seus valores e a força de sua fé em Deus e em Suas palavras, estas últimas conhecidas à beira do Mar Vermelho. Percebemos, assim, que esta experimentação contínua é lei e estatuto para o povo judeu.

Entendido o sentido literal do texto, resta-nos explicar seu significado interior e espiritual. Por que motivo a relação entre Deus e os homens deve ser baseada na experimentação contínua do homem? Qual o benefício de Deus decorrente deste tipo de relação?

A necessidade do homem ser examinado constantemente não traz qualquer tipo de benefício a Deus, mas sim ao homem. Aquele que conhece o espírito da Torá sabe que as provas e necessidades passadas no deserto, assim como em toda a Bíblia e na vida de modo geral, têm o único objetivo de libertar o homem e capacitá-lo a agir com total liberdade espiritual em seu mundo. Uma liberdade que deriva da liberdade do próprio Eterno, o qual imprimiu no homem um lampejo de sua essência misteriosa: a alma.

Esta situação foi bem descrita pelo filósofo judeu alemão Franz Rosenzweig:

“Deus deseja homens livres. Seu Reino é oculto aos olhos. Mas isto não basta para diferenciar o homem livre do escravo… Deus, em sua vontade de distinguir entre as almas, não só evita causar prazer como provoca dor. Aparentemente Ele não tem alternativas: precisa provar o homem. Não apenas tem de ocultar o Seu Reino, como deve criar locais que possam confundir o homem em sua busca pelo Reino Divino, até que se suponha invisível. Isto para que possa ter fé verdadeira em Deus, ou seja, crer e confiar Nele por livre iniciativa.”

A Estrela da Redenção


Quando é posto à prova, o homem descobre haver discrepância entre sua fé e seu comportamento. Pode, por exemplo, acreditar piamente na necessidade de “amar ao próximo como a si mesmo” e não estar disposto, de forma alguma, a auxiliar ao próximo nos conflitos que lhe são impostos cotidianamente. O instinto de sobrevivência o escraviza, impedindo-o de agir de acordo com sua consciência. Após a travessia do Mar Vermelho, o povo de Israel também estava convencido que sua fé era vigorosa e eterna, assim como todas as implicações decorrentes dela. E eis que na prova da água descobriram não ser este o caso, pois eram escravos das dificuldades impostas pelas condições ambientais adversas. A própria descoberta desta situação é um ato de libertação, que desperta a esperança de que possam suportar a prova de forma mais digna na próxima oportunidade e de que seus espíritos desatem, ao menos parcialmente, os laços que os mantém atados aos instintos. Assim, cada prova consiste em um exercício adicional, um tipo especial de ginástica espiritual que fortifica os músculos da alma e modela o espírito do homem, como este é entendido na Bíblia, sendo esta liberdade a razão da existência do homem no mundo.

Os Olhos: Janelas para o Mundo


Os Olhos: Janelas para o Mundo
Escrito por Editora e Livraria Sêfer

Os olhos talvez sejam os órgãos sensoriais mais importantes.

A visão nos apresenta cores e formas – na verdade, o mundo todo que nos cerca. De certo modo, o ser humano é capaz de ouvir, cheirar, sentir sabores e apalpar com os olhos, que lhe proporcionam uma experiência sensorial disseminada que não pode ser reproduzida por nenhum outro órgão (ou seja, através da visão é possível imaginar mais prontamente a reação dos demais sentidos). A visão permite que se veja a maravilha e a beleza da criação física de Deus. Destituídos de visão, nós nos desligaríamos da realidade e seríamos privados do contato genuíno e nítido com o mundo. No âmbito espiritual, “ver” também significa olhar as coisas de maneira profunda com a finalidade de descobrir sua essência (ver Licutê Moharan I, 1:2-4). Sem uma boa “visão”, somos incapazes de perceber a presença de Deus a nossa volta.

Em nossa vida cotidiana, devemos ter cuidado para que nossos olhos não enxerguem apenas o que queremos ver, em contraposição ao que de fato existe. Interesses velados podem distorcer com facilidade a percepção, como indica a seguinte injunção da Torá (Êxodo 23:8; Deuteronômio 16:19): “Não tomarás suborno. O suborno cega os olhos dos sábios e perverte as palavras dos justos.” Quando a faculdade de julgamento é turvada por motivos escusos, perdemos a capacidade de discernir entre o bem e o mal, entre “absolver o inocente e condenar o culpado” (Deuteronômio 25:1). Mesmo os justos correm o risco de ter suas “palavras pervertidas”. E se até os sábios, que possuem uma visão aguçada, podem errar na definição do que vêem, com certeza quem tem uma visão espiritual fraca deve ser especialmente cauteloso (ver Licutê Moharan I, 54:5).

A boa visão corresponde a um grau expandido de consciência, conhecimento e intelecto (ver Licutê Moharan I, 74:1). Em termos cabalísticos, os olhos são uma extensão do hemisfério direito do cérebro, que é associado à sefirá de Chochmá (ver Licutê Moharan II, 40:1). Portanto, devemos perguntar-nos: “Como usamos os nossos olhos?” Enxergamos a essência real do que vemos, ou julgamos as coisas pela aparência externa? (Lembre-se de que Chochmá écôach má, a essência da coisa; ver acima, capítulos 14 e 17.) De que maneira podemos alcançar esse “nível puro de Chochmá”, o foco e a concentração que nos habilitarão a perceber a essência íntima das coisas?

Quando os olhos se fixam num objeto, as pupilas se dilatam ou se contraem para regular a quantidade de luz que penetra. Esse movimento de dilatação e contração possibilita que os olhos funcionem adequadamente, sem causar danos à retina. De modo semelhante, quando saímos em busca de uma sabedoria espiritual profunda, é prudente que no começo nos limitemos a um nível mais baixo de intelecto. Nas etapas iniciais, convém que nos concentremos nos resultados parciais e não nos objetivos finais, para que o intelecto se “dilate e contraia” de forma natural e possa gradativamente atingir níveis mais elevados (ver Licutê Moharan I, 30:3).

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Líderes Islâmicos pedem que muçulmanos se unam para “tomar” Jerusalém


Líderes Islâmicos pedem que muçulmanos se unam para “tomar” Jerusalém
Lideranças religiosas e políticas querem união de islâmicos

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu nesta terça-feira (25) aos muçulmanos de todo o mundo que “visitem” e “protejam” Jerusalém do controle de Israel. Em meio aos conflitos dos últimos dias, o governo israelense cedeu às pressões e retirou os detectores de metal da entrada do Monte do Templo, o que foi visto como um sinal de fraqueza.

Erdogan convocou os fiéis islâmicos a irem para Jerusalém e visitem a mesquita de Al-Aqsa, que fica no alto do Monte, sendo o terceiro lugar mais sagrado do Islã. “Sob o pretexto de lutar contra o terrorismo, trata-se de uma tentativa de roubar a mesquita Al-Aqsa dos muçulmanos”, afirmou o líder turco.

“Israel tomou um caminho perigoso. Ao ocupar a mesquita de Al-Aqsa, Israel ultrapassou os limites”, afirmou Erdogan, acrescentando que a Turquia reconhece tanto a Palestina como nação, cuja capital é Jerusalém oriental, mas que Israel tem sua capital em Tel Aviv.

Insistiu ainda que “Quanto mais defendemos a Al-Aqsa, mais feroz será a resistência. Se os soldados israelenses estão sujando a Al-Aqsa com suas botas, é por que nós não conseguimos defendê-la decentemente. Defendamos a Palestina assim como defendemos Meca e Medina”.

Para o presidente turco, os problemas da “Palestina” começaram com a queda do Império Turco Otomano, que dominou Jerusalém entre 1517 e 1917.

Reação de Israel
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Emmanuel Nahshon, respondeu a Erdogan, dizendo que o discurso do presidente turco era “delirante” e “distorcido”.

“Os dias do Império Otomano acabaram”, continuou Nahshon. “A capital do povo judeu era, é e sempre será Jerusalém. Ao contrário do domínio passado, nesta cidade o governo está comprometido com sua segurança, liberdade, liberdade de culto e respeito aos direitos de todas as minorias”.

A provocação de Erdogan foi interpretada por especialistas como parte de uma batalha entre líderes muçulmanos pela influência em Jerusalém e o Monte do Templo. Ele vem fazendo esse tipo de ameaça de invasão repetidas vezes nos últimos anos.

Outras ameaças
Nesses dias, os acessos da Cidade Velha de Jerusalém foram tomados por palestinos, que acusam Israel de tentar expandir seu controle sobre o seu local sagrado. Em sinal de protesto, além das orações nas ruas, muitos islâmicos entraram em confronto com a polícia, lançando pedras e coquetéis molotov.

Ikrema Sabri, líder do Comitê Supremo Islâmico de Jerusalém afirmou que a situação ainda está longe de ser resolvida, reiterando que os muçulmanos devem ter o acesso garantido à Esplanada das Mesquitas e não devem ceder às exigências israelenses.

O filho do falecido rei da Arábia Saudita, Fahd Bin Abdulaziz, usou as redes sociais para criticar Israel e convocar os muçulmanos para se “solidarizarem” com a situação. Ele escreveu: “Todo muçulmano é obrigado a apoiar nossos irmãos na Palestina e a Mesquita Sagrada de Al-Aqsa, cada um da maneira como pude. Ó nação de Maomé, mostre-lhes quem você é. Negligenciar Al-Aqsa seria uma desgraça e Allah nos responsabilizará.”

Em outra mensagem, conclamou: “Ó nação de Maomé e Allah, a terceira mesquita é prisioneira da ocupação criminosa. Vamos lutar, queremos ser vitoriosos e salvá-la”.

Um dos discursos mais incisivos foi do sheik Yusuf al-Qaradawi, um dos principais líderes do segmento sunita do islamismo e um dos mais influentes líderes do grupo político-religioso Irmandade Islâmica, presente em muitos países. Nascido no Catar, ele é presidente da União Mundial de Sábios Islâmicos.


“É preciso dizer claramente que esta é uma campanha islâmica, já que Al-Quds [nome islâmicos para Jerusalém] não é apenas uma questão palestina ou árabe. Al-Quds é o interesse de toda nação islâmica, desde o oeste até o leste”, escreveu Qaradawi, que tem laços com o Hamas, principal grupo palestino opositor de Israel.t